A Academia Acreana de Letras – AAL, a mais antiga e importante instituição cultural e literária do Estado do Acre, empossa dia 18 de novembro às 18 horas no Centro cultural do TJAC, cinco novos imortais eleitos. A solenidade faz parte da programação dos 82 anos da fundação da Academia, que teve por idealizador o escritor e poeta Amanajós de Araújo. Na atualidade a AAL tem como presidente a Prof.ª Dr.ª Luísa Galvão Lessa Karlberg, primeira mulher a dirigir a instituição no correr de oito décadas.
HISTÓRIA
A Academia Acreana de Letras – AAL tem como referência a Academia de Platão que, segundo relatos históricos, estava situada em um jardim, perto da cidade de Atenas, cercada de árvores, assim chamada por causa do semideus Academos, a quem o jardim pertencia. As primeiras academias regulares — no sentido restrito de associação espiritual, sem finalidade docente, — tomam por referência a Academia do Palácio, 1570, em Paris, que passou a chamar-se Academia Francesa. No modelo dela surgiram muitas academias no mundo, assim como a Academia Acreana de Letras – AAL.
Segundo a Prof.ª Dr.ª Luísa Galvão Lessa Karlberg, atual presidente da AAL, “a Academia Acreana de Letras é a maior referência no mundo cultural e literário do Estado do Acre, podendo simbolizar o lastro cultural dessa região do Brasil. Ela possui o condão de desabrochar aspirações e de estimular o desenvolvimento da literatura, além de premiar os méritos dos seus mais destacados cultores das letras. O ingresso desses cinco novos confrades na imortalidade, como também dos demais que já aqui estão, irá trazer novo panorama à instituição, pois a AAL trabalha em dois temas basilares: a) zelo ao idioma pátrio; valorização da literatura e dos escritores. São pilares do Estatuto, incluindo o juramento e a vigília que deve ser retratada na grafia do imortal, seguindo, fielmente, as normas da língua portuguesa, hoje falada por cerca de 240 milhões de pessoas. É dever do acadêmico: divulgar a literatura como expressão regional e cultural, sendo ela seu maior patrimônio. Ou seja, ser um membro da AAL não significa somente usar o fardão e ter privilégios de imortal, mas possuir responsabilidades com a AAL, seus pares, dar exemplo de boa conduta social, ética e moral, ter caráter ilibado e demonstrar bastante disposição para o trabalho com as Letras, a Cultura, a Literatura e as Artes”. Finalizou a professora que foi eleita, pela segunda vez, para estar à frente da instituição até novembro de 2020.
O QUE DIZ O ESTATUTO DA AAL SOBRE O PREENCHIMENTO DE CADEIRAS?
Na atualidade, a AAL, possui quarenta cadeiras que se renovam em duas situações:
a) por falecimento de um membro do Quadro Efetivo;
b) por premiação ou elevação de um membro efetivo ao Quadro maior de Imortal Emérito. É o caso desses novos acadêmicos que serão empossados dia 18/11/19, que tomarão assento nas cadeiras dos Imortais Eméritos.
QUEM SÃO OS NOVOS IMORTAIS?
Alexandre Melo de Sousa, cadeira 01 – É linguista, cientista, pesquisador, literato. Tem por Patrono Aprígio de Menezes; Antecessor Imortal Emérito: Jorge Araken Faria da Silva.
Deise Brandão Torres Leal, cadeira 12 – É formada em Letras/Espanhool, advogada, poeta, contista. Tem por Patrono Augusto dos Anjos; Imortal Emérito: Iris Célia Cabanellas Zannini.
Enilson Amorim de Lima, cadeira 07 – É jornalista, chargista, caricaturista, literato infantil. Tem por Patrono Amaro T. Damasceno Junior; Antecessor Imortal Emérito: Geraldo Brasil.
Jefferson Henrique Cidreira, cadeira 14 – É professor, historiador, poeta, pesquisador, cientista. Tem por Patrono Barbosa Rodrigues; Antecessor Imortal Emérito: Sílvio Martinello.
Sebastião Isac de Melo, cadeira 06 – É Teólogo, cordelista, poeta. Tem por Patrono Amanajós de Araújo; Antecessor Imortal Emérito: Antônio Hamilton Bentes.
Maria José da Silva Oliveira, cadeira 10 – É professora, pedagoga, escritora, poeta, literata infantil. Tem por Patrono Araújo Lima; Antecessor Imortal Emérito: Glória Maria Ferrante Perez.
Esses acadêmicos chegam com imensa responsabilidade, em nome dos patronos e dos Imortais Eméritos, os Quadros maiores do Sodalício Acreano.