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Ex-presidente Lula ataca Bolsonaro em discurso: “Governa para milicianos”

Por TERRA

No segundo discurso desde que deixou a prisão, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou na tarde deste sábado, 9, que o presidente Jair Bolsonaro deve sua eleição ao ex-juiz e atual ministro da Justiça, Sérgio Moro, e a uma campanha de fake news promovida contra o candidato do PT, Fernando Haddad.

A militantes que o aguardavam desde o início da manhã em frente à sede do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, em São Bernardo do Campo, Lula também cobrou Bolsonaro sobre a morte da ex-vereadora Marielle Franco (PSOL-RJ) e sobre a investigação que envolve o ex-assessor parlamentar Fabrício Queiroz, que trabalhou para Flávio Bolsonaro na Assembleia carioca.

“Não é a gravação do filho dele que vale, uma perícia séria tem de ser feita, para que a gente saiba quem matou a nossa guerreira chamada Marielle.” Em seguida, disse que Bolsonaro precisa explicar “onde está o Queiroz” e como construiu um patrimônio de 17 casas.”

O petista voltou a afirmar que sua prisão ocorreu para que ele não participasse das eleições do ano passado. Chamou novamente Sérgio Moro de “mentiroso” e disse que o procurador da República Deltan Dallagnol, coordenador da força-tarefa da Lava Jato em Curitiba, “montou uma quadrilha para tomar dinheiro da Petrobras e das empreiteiras” investigadas. Segundo Lula, a expectativa agora é que o Supremo julgue Moro como parcial e anule os processos a que responde ainda na Justiça – são nove no total.

Assim como na sexta-feira, 8, na saída da cadeia, o ex-presidente afirmou que pretende rodar o País ao lado de Fernando Haddad, da presidente do PT, Gleise Hoffmann, e de “companheiros” de outros partidos, como PSOL e PCdoB. “Estou de bem com a vida e vou lutar por esse País.” E já falou em eleição: “Se nós trabalharmos direitinho, em 2022 a chamada esquerda que o Bolsonaro tanto tem medo vai derrotar a extrema direita que nós tanto queremos derrotar”.

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