Márcio Bittar diz que discurso ambientalista visa engessar a economia

Boa parte o setor produtivo do Acre, empresários e industriais de diversos setores da economia local, ouviram, na manhã desta sexta-feira (8), na sede da Federação das Indústrias do Acre (Fieac), em Rio Branco, palestra do senador Márcio Bittar (MDB-AC) com o tema “Engenharia: Novo modelo de desenvolvimento para o Acre e Amazônia brasileira”. O governador Gladson Cameli e outras autoridades, como secretários de Estado, também participaram do evento, uma promoção do Sindicato dos Engenheiros do Acre, com o apoio da Federação Nacional dos Engenheiros (FNE).

Governador Gladson Cameli e senador Márcio Bittar durante palestra nesta manhã, na Fieac/Foto: ContilNet

Indicado relator da Proposta de Emenda Constitucional (PEC) sobre o Pacto Federativo, Márcio Bittar disse que seu trabalho será no sentido de ajustar a distribuição dos recursos do pré-sal e a criação do Conselho Fiscal da República, que devem resultar na transferência de recursos para o Acre na ordem de R$ 309 milhões. Parte desses recursos, segundo o senador, os estados poderão utilizar para pagar despesas previdenciárias.

Na palestra aos engenheiros e a outros atores do desenvolvimento regional, Márcio Bittar repetiu os conceitos defendidos por seu mandato, que é o compromisso com o meio ambiente, como operações de salvamento de mananciais como o do igarapé São Francisco, em Rio Branco, e o fim do derramamento de esgotos “in natura” no rio Acre, como ocorre com o Parque da Maternidade, no bairro da Cadeia Velha. Bittar disse que os primeiros recursos para os estudos que determinarão os projeto para essas áreas já estão assegurados pelo Ministério do Meio Ambiente.

Outro compromisso de seu mandato, de acordo com o senador, será o de saída para o oceano Pacífico através do Acre. No Vale do Juruá, cujos estudos começam a ser feitos. “Nossa integração com o Peru é um processo irreversível”, disse o senador ao anunciar que, em Brasília, já está procurando o Ministério Público Federal (MPF), para que a Procuradoria Gral da República participe dos estudos a fim de que, no futuro, as obras não venham a ser embargadas por questões relacionadas ao meio ambiente.

Senador Marcio Bittar foi palestrante em evento sobre setor produtivo do Acre/Foto: ContilNet

Márcio Bittar voltou a sustentar o discurso de que as mudanças climáticas na Terra não são provocadas peça ação do homem e que o discurso neste sentido, de que o clima pode mudar para pior por ação humana, parte de setores que não querem o desenvolvimento e que o Brasil continue a depender de grandes nações. “O fato de termos desertos e nos Andes o Lago Titicaca, de água salgada, mostram que um dia aquelas regiões foram mar e que essas alterações não se deram pela ação do homem e sim pela própria natureza”, disse o senador. Ele citou como exemplo desses argumentos o livro “Quando o Amazonas corria para o Pacífico: uma história desconhecida da Amazônia”, do pesquisador Evaristo de Miranda e diz que a Cordilheira dos Andes foi feita pela Natureza e não pela ação do homem,. “Logo esses argumentos de que o homem altera a própria Terra é um argumento dos que querem engessar o país em relação à produção”, disse.

Senador Marcio Bittar foi palestrante em evento sobre desenvolvimento do Acre/Foto: ContilNet
Bittar insinua que Gladson deve gratidão a presidente da República / Foto: Arquivo
PUBLICIDADE