Um motorista do aplicativo foi encontrado amarrado, ferido e com marcas de tortura pelo corpo, na noite desta quarta-feira (27) em uma casa no Ramal do Macarrão, no Belo Jardim, em Rio Branco.
A corrida foi solicitada por duas mulheres e um homem. Durante a viagem, o profissional percebeu que seria assaltado e parou o carro, e, em seguida, os criminosos colocaram um capuz no rosto da vítima e assumiram a direção do veículo.
Ele contou que foi levado para um cativeiro, onde foi espancado com coronhadas e o celular dele foi verificado pelos criminosos, que procuravam música ou fotos de facção. O motorista foi interrogado por várias vezes se fazia parte da facção rival a dos bandidos (Comando Vermelho). Ao total, o homem passou 2 horas no cativeiro.
Em seguida, os criminosos saíram dirigindo o carro modelo Civic, com destino à Bolívia. Após que perceberam o crime, os amigos da vítima ligaram para o monitoramento do rastreador e conseguiram localizar a vítima no Bairro Belo Jardim I, em seguida, acionaram a Polícia Militar, que montou uma barreira na entrada do município de Senador Guiomard, no interior do Acre.
O carro foi interceptado e os criminosos foram interrogados pelos militares. Os bandidos acabaram revelando aonde estava a vítima sequestrada e o caso passou a ser elucidado.
O trio foi preso em flagrante e encaminhado para a Delegacia da Polícia Civil de Senador Guiomard. A vítima também esteve na delegacia do município para confeccionar um boletim de ocorrência.
De acordo com os motoristas de aplicativo, outro colega informou que também foi assaltado na noite desta quarta. Ele dirigia um carro modelo Gol e foi abordado pelos “passageiros”, que o amarraram e o abandonaram na BR-364. O carro dele foi levado pelos bandidos, mas logo depois foi localizado via GPS e encontrado no Bairro Santa Inês.
A suspeita é de que os mesmos criminosos tenham realizado as duas ações, abandonando o veículo modelo Gol no Santa Inês e roubando o Civic em seguida.
O motorista abandonado na BR foi levado pelos amigos à delegacia de Senador Guiomard para tentar reconhecer se os bandidos eram os mesmos.