O presidente da Federação da Agricultura no Estado do Acre (Faeac), Assuero Veronez, eximiu-se, nesta sexta-feira (8), da responsabilidade pela indicação do médico veterinário Edivam Maciel de Azevedo para o cargo de secretário de Estado de Agricultura e Produção, cuja nomeação deve ocorrer na próxima semana. Mesmo que o veterinário seja seu vice-presidente na Faeac, Veronez diz que o responsável pela indicação e possível nomeação pelo governador Gladson Cameli é o próprio profissional e seu currículo.
“O Edivam Maciel é um profissional de excelência e muito querido pela classe dos pecuaristas do Estado. Isso é um bom começo”, disse Assuero Veronez, que não quis comentar os motivos que levaram à queda do atual secretario, Paulo Wadt. “Não gostaria de comentar um assunto que diz respeito às questões internas do governo, mas acho que a queda do atual secretário se deu porque houve rompimento político com a base que o apoiava e que o levou ao cargo”, disse Veronez.
No caso, a base política do secretário seria a deputada federal Mara Rocha (PSDB-AC) e seu grupo, que inclui o atual vice-governador do Estado Wherles Rocha, os quais o indicaram e também pediram sua saída por divergirem de sua política para o agronegócio. Veronez deu a entender que a responsabilidade pela indicação de Edivam Maciel cabe também à Mara Rocha.
O presidente da Faeac não quis avaliar os dez meses de administração de Paulo Wadt e refirmou que não tem críticas pessoais ao secretário, mas lembrou que os pecuaristas e o executivo não tiveram nem tempo para um maior entrosamento. “Sei que ele é um pesquisador competente, que entende tudo de solo, mas, no cargo de secretário, não teve uma maior aproximação com os pecuaristas”, disse Assuero. “Por isso, em relação ao Edivam Maciel, estamos cheios de expectativas”, acrescentou.