Operação “Usurpadores” em Capixaba cumpre oito mandados

A operação da Polícia Federal desencadeada nas primeiras horas da manhã desta terça-feira (26) no município de Capixaba, a 77 quilômetros da Capital Rio Branco, levou o nome de “Usurpadores”. O nome é uma referência às denúncias de funcionamento de um esquema de fraude montado por assessores do prefeito em exercício, Antônio Nogueira, o ‘Joãozinho”, que se apropriava de dinheiro público através da contratação irregular de pessoal que não prestava serviço à municipalidade.

A operação consistiu no cumprimento de oito mandados judiciais – dois de prisões preventivas e seis de busca e apreensão. Os mandatos de prisão são contra as irmãs Sara e Ruth Frank, pessoas da mais alta confiança do prefeito em exercício e que são apontadas por testemunhas como as principais responsáveis pelas irregularidades. Os mandados de busca e apreensão foram destinadas às residências das assessoras e ao gabinete do prefeito, que não foi localizado. Contra ele não há mandados de prisão, informou a Polícia Federal.

Leia mais: PF cerca sede da Prefeitura em Capixaba em operação contra prefeito e assessoras

 

PF cumpriu oito mandados na manhã desta terça/Foto: ContilNet

A operação d Polícia Federal é o desdobramento de uma série de denúncias contra a administração do prefeito “Joãozinho”, que está interinamente no cargo porque o prefeito titular, José Augusto, foi afastado por orem judicial também acusado de uma série de irregularidades. O prefeito interino é acusado de promover irregularidades bem mais graves do que aquelas de seu  antecessor, como, por exemplo, a contratação irregular de pessoas que não davam expediente mas, no entanto, recebiam. Pelo menos duas dessas pessoas disseram que jamais viram a cor do dinheiro, em qualquer quantia, relativas a tais contratos.

As testemunhas depuseram a vereadores numa Comissão Especial de Investigação (CEI), cujos trabalhos foram encerrados na semana passada com a edição de um relatório pedindo o indiciamento seguido de afastamento do prefeito e de seus principais auxiliares. O relatório foi entregue ao Ministério Público e à Polícia Federal por uma comissão de vereadores, na semana passada. Ali, as irmãs Ruth e Sara Frank são citadas com chefes do esquema de fraude. Elas estão presas na sede da Polícia Federal, em Rio Branco.

O advogado do prefeito e de suas assessoras, Everaldo Pereira, não foi localizado pela reportagem do ContilNet. Informações extraoficiais dão conta de que o jurista está de férias, em Caldas Novas (GO), com a família.

PUBLICIDADE