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Se PEC de Bolsonaro for aprovada, Acre pode entrar em “situação de emergência fiscal”

Por EVERTON DAMASCENO, DO CONTILNET

Se aprovadas as regras do Plano Mais Brasil, pacote do governo federal para o saneamento das contas públicas, apresentado pelo ministro da Economia, Paulo Guedes, ao Senado Federal, o Acre e mais 11 estados do Brasil devem ficar em “situação de emergência fiscal”.

Essa Proposta de Emenda à Constituição (PEC) entregue nesta terça-feira (5) e dividida em dois blocos, prevê a redução de gastos obrigatórios, sugerindo, inclusive, a redução de 25% no salário e na jornada de servidores públicos, além de cancelamento de concursos públicos. O pacto engloba a União, estados e municípios.

Acre, Rio Grande do Norte, Paraíba, Maranhão, Piauí, Tocantins, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Goiás, Minas Gerais, Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul são os afetados.

De acordo com Guedes, o principal problema nesses estados é a despesa com pessoal maior que 60% da receita corrente líquida.

Como faz parte de um pacote econômico enviado pelo governo ao Congresso nesta terça, a regra do “estado de emergência fiscal” ainda precisa ser analisada e aprovada pela Câmara e pelo Senado.

Entre os pontos que serão acionados para conter os gastos estão:

• redução de até 25% da jornada de trabalho com adequação dos vencimentos do servidor.
• União, estados e municípios não podem promover funcionários (com exceção de serviço exterior, judiciário, membros do MP, policiais, militares e que implique atribuição de função).
• União, estados e municípios também ficam impedidos de dar reajuste, criar cargo, reestruturar carreiras, fazer concurso ou criar verbas indenizatórias.
• será suspensa a criação de despesas obrigatórias e de benefícios tributários.

Caso ocorra a aprovação, o executivo municipal ou estadual deverá notificar o governo federal da situação fiscal.

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