No Novembro Azul, que é o mês de conscientização do diagnóstico e prevenção precoce do câncer de próstata, os números a nível de Brasil ainda são preocupantes, sobre a quantidade de homens que foram identificados com a doença. Estimam-se 68.220 casos novos para cada ano do biênio 2018-2019. Esses valores correspondem a um risco estimado de 66,12 casos novos a cada 100 mil homens.
No Acre, o cenário é um pouco melhor, se avaliarmos todo o ano de 2018 e os dez primeiros meses de 2019. De acordo com dados do Hospital do Câncer do Acre, em 2018, 64 casos foram diagnosticados. Já em 2019, nos 10 primeiros meses, de janeiro a outubro, o índice aponta 27 casos. Numa avaliação estatística, a média mensal de 2018 é de 5,3 casos. Em 2019, o número diminui para 2,4. A hipótese é que tenha ocorrido uma diminuição.
Identificação, sintomas e prevalência
No Brasil, o câncer de próstata é o segundo mais comum entre os homens (atrás apenas do câncer de pele não-melanoma). Em valores absolutos e considerando ambos os sexos, é o segundo tipo mais comum. A taxa de incidência é maior nos países desenvolvidos em comparação aos países em desenvolvimento.
A próstata é uma glândula que só o homem possui e que se localiza na parte baixa do abdômen. Ela é um órgão pequeno, tem a forma de maçã e se situa logo abaixo da bexiga e à frente do reto (parte final do intestino grosso). A próstata envolve a porção inicial da uretra, tubo pelo qual a urina armazenada na bexiga é eliminada. A próstata produz parte do sêmen, líquido espesso que contém os espermatozoides, liberado durante o ato sexual.
Mais do que qualquer outro tipo, é considerado um câncer da terceira idade, já que cerca de 75% dos casos no mundo ocorrem a partir dos 65 anos. O aumento observado nas taxas de incidência no Brasil pode ser parcialmente justificado pela evolução dos métodos diagnósticos (exames), pela melhoria na qualidade dos sistemas de informação do país e pelo aumento na expectativa de vida.