O Financiamento Estudantil (Fies) passará por mudanças no critério de contratação. Uma das mudanças aprovadas pelo Comitê Gestor do Fies é que o programa passará a exigir nota mínima de 400 pontos na redação do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). Outro ajuste contempla o P-Fies, quedispensará a nota do Enem e passará a não ter limite de renda. Além disso, a partir de 2021 o programa poderá ter uma redução na oferta de vagas financiadas.
Continua valendo a regra de nota média mínima de 450 pontos nas provas objetivas do Enem. Ficou também mais difícil mudar de curso dentro da instituição de ensino. Para serem transferidos, os estudantes beneficiados pelo Fies precisam ter resultado igual ou superior à nota de corte do curso de destino desejado.
Até então, não havia a exigência de uma nota mínima na redação do Enem, era necessário apenas não ter zerado a prova, mesmo critério usado para seleção de estudantes para o Sistema de Seleção Unificada (Sisu), que oferta vagas em universidades públicas, e para o Programa Universidade para Todos (ProUni), que oferece bolsas de estudo em instituições particulares de ensino superior.
P-Fies
Por outro lado, o comitê flexibilizou as regras do P-Fies, modalidade mantida por fundos constitucionais e de desenvolvimento e por bancos privados. Agora, para contratar essa modalidade, não será mais preciso ter feito o Enem e não há mais limite de renda. Além disso, será possível contratar esse financiamento durante todo o ano e não mais apenas nos processos seletivos do Fies.
Inadimplência
Um dos principais motivos para as mudanças feitas nas regras do Fies é a alta inadimplência no programa, ou seja, estudantes que contratam o financiamento e não quitam as dívidas. O percentual de inadimplência registrado pelo programa chegou a atingir 50,1% de acordo com dados do MEC.
*Matéria produzida com informações da Agência Brasil