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Senador Márcio Bittar também lamenta a morte de ex-senador Aluísio Bezerra

Por TIÃO MAIA, PARA CONTILNET

“O que eu achava mais incrível nele é que os temas que estamos debatendo hoje, ele já deles se ocupava há 30 ou quase 40 anos atrás”, disse, nesta quinta-feira (26), o senador Márcio Bittar (MDB-AC), ao se referir ao ex-senador Aluísio Bezerra de Oliveira, falecido em Brasília, aos 80 anos de idade, no último dia 25. Bittar lembrou que as relações com Bezerra, que também foi deputado federal por dois mandatos e prefeito de Cruzeiro do Sul no período de 1996 a 2000, eram mais estreitas de que com outra grande liderança do MDB, o ex-governador e ex-senador Nabor Júnior.

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Ex-senador faleceu no dia 25, aos 80 anos, em Brasília

“É claro que eu gosto muito do Nabor e tenho aprendido muito com ele, mas o Aluísio me era mais próximo. Perdíamos horas conversando sobre tudo, ele sempre com preocupações com o Acre e com o Brasil”, disse o senador. “Lembro-me que quando eu estava na primeira secretaria da Câmara, como deputado federal, ele me visitava sempre, já em cadeira de rodas, mas sempre preocupado com os rumos da política e com aquele bom humor que, apesar da condição de fragilidade dele, contagiava a todos. Era um grande homem o Aluísio”, acrescentou.

Bittar lembrou que, quando disputou o Senado da República, em 2010, quando perdeu a vaga para Geraldo Mesquita Júnior, então na Frente Popular, o primeiro-suplente de sua chapa era ninguém menos que Aluísio Bezerra. “Muito mais que homenageá-lo por sua luta em defesa das liberdades democráticas, na reabertura e reencontro do Brasil com a democracia, eu o queria na minha chapa para, no caso de sermos eleitos, aprendermos com sua vasta experiência. Quis Deus que isso não acontecesse mas ele continuou me visitando e me aconselhando”, disse Bittar, que recebeu a visita de Bezerra ainda no primeiro semestre deste ano, em seu gabinete, no Senado Federal.

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Um dos assuntos em pauta entre o ex-senador e o atual, de acordo com Márcio Bittar, era a possibilidade de ligação terrestre entre o Brasil, através do Acre, na região do Juruá, com o Peru, com a cidade de Pucallpa, a cerca de 150 quilômetros na selva após o município de Mâncio Lima, “Para se ter uma ideia do que pensava Aluísio Bezerra sobre o assunto, foi por ele que pela primeira vez ouvi falar de Boqueirão da Esperança, a localidade por onde deve passar o trajeto da ligação brasileira com o Peru. O que estou fazendo neste mandato, buscando a integração concreta com o Peru e na defesa do meio ambiente, é aquilo que o Aluísio já defendia há mais de 30 anos. O Acre perde muito com o desaparecimento deste grande acreano”, disse o senador.

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