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Mulher ‘ressuscita’ após coração parar de bater por 6 horas

Por METROPOLES

A alpinista Audrey Mash revela não se lembrar de nada do que aconteceu na semana passada, quando entrou em hipotermia e sofreu uma parada cardiorrespiratória por cerca de seis horas. A vida dela foi salva pelas baixas temperaturas da montanha que escalava, em um caso considerado excepcional por especialistas.

Professora de inglês em Barcelona, a britânica se perdeu em 3 de novembro na zona montanhosa de Vall de Núria, em Girona, Espanha. Mash fazia a caminhada com o marido, Rohan Schoeman, quando se desviaram da rota e foram surpreendidos por uma tempestade de neve.

A nevasca era intensa, o vento tão forte que eles mal conseguiam se levantar e não tinham visibilidade. O casal resolveu sentar sobre uma pedra e aguardar o tempo melhorar. A mulher então começou a ter dificuldades de fala e movimentação, até que perdeu a consciência. O marido chegou a pensar que ela havia morrido, pois não tinha pulso, tampouco respirava.

Rohan Schoeman estava em contato com amigos próximo da região, e eles pediram ajuda ao Corpo de Bombeiros. Os socorristas demoraram um pouco a encontrá-los, pois o homem não sabia exatamente em que ponto da montanha estavam.

Em uma operação muito arriscada, por conta do mau tempo e dos riscos de avalanches, o resgate envolveu três helicópteros, quatro ambulâncias e cerca de quarenta pessoas, segundo o jornal La Vanguardia. Cerca de seis horas depois, Mash chegou ao hospital Vall d’Hebron sem sinais vitais.

Segundo jornais locais, o coração não batia, e os rins e pulmões não funcionavam. Os médicos decidiram então ligá-la a um aparelho especial capaz de remover sangue, agregar oxigênio e devolvê-lo à paciente.

Quando o corpo da alpinista atingiu os 30°C, a equipe médica usou um desfibrilador, fazendo o coração retomar as batidas. Os médicos do hospital Vall d’Hebron revelaram que Mash sofreu a mais longa parada cardíaca já documentada na Espanha. O esforço das equipes de socorro e médica, no entanto, foram essenciais para a recuperação da paciente.

Além de ficar seis horas sem batimentos cardíacos, algo excepcional por si só, a britânica não sofreu quaisquer danos psicológicos, e está praticamente recuperada. Apenas o movimento das suas mãos e a sensibilidade às diferenças de temperatura ficou afetada.

“Não dei conta que a minha vida estava em perigo até ter acordado no hospital”, apontou Audrey Mash à emissora catalã TV3. “É incrível que eu tenha sobrevivido, estou muito feliz”, disse a alpinista, que recebeu alta médica.

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