Ajeac quer aumentar em mais de 600% número de jovens empresários associados

Apesar de jovem, com 35 anos, Daniel Ribeiro é um velho conhecido no mundo empresarial do Acre. Com apenas 17 anos ele começou a dar os primeiros passos no empreendedorismo e não parou mais. Hoje, além de empresário do ramo de consultoria ele é presidente da Associação dos Jovens Empreendedores do Acre (Ajeac), diretor de Integração da Confederação Nacional das Associações de Jovens Empresários (Conaje) e líder do Programa Passe Verde, da Federación Iberoamericana de Jóvenes Empresarios no Brasil (Fije).

Daniel Ribeiro em visita à Embaixada da China/Foto: Cedida

E tanta experiência e vivência na área fez dele uma das principais referências quando o assunto é empreendedorismo. Dono da única empresa acreana com foco em consultoria e negócios, a D’nek, tem usado o tino empresarial para alavancar também as entidades que dirige. Quando ele assumiu a Ajeac, no início de 2018, somente 13 empresários jovens estavam associados à entidade. Hoje já são 63, e a meta dele, é que até o fim de seu mandato, em 2020, esse número passe de 100. Se tiver sucesso, o aumento será de 669% durante sua gestão.

Antenado nos principais temas que podem ajudar (ou atrapalhar) o desenvolvimento dos empresários, ele tem promovido diversos eventos e encontros no estado. O “Feirão do Imposto” foi um deles, realizado em maio deste ano. Durante o evento foram vendidos produtos sem impostos, com o intuito de chamar a atenção sobre a alta carga tributária e conscientizar a população que “o vilão dos preços praticados não é o empresário. Se o consumidor paga R$ 4 mil em um celular, a culpa não é de quem está vendendo, mas da carga tributária”, diz Daniel. Para se ter uma ideia, o acreano precisa trabalhar quase cinco meses por ano apenas para pagar impostos.

Presidente da Ajeac, Daniel Ribeiro, ao lado de Thiago Nigro, um dos maiores pensadores de investimentos da atualidade/Foto: Cedida

Outro evento que vem para o Acre com o apoio de Daniel é o Fórum Internacional de Negócios da Amazônia, que ocorre paralelamente à 92ª Assembleia Geral Ordinária (AGO) da Confederação Nacional dos Jovens Empresários (Conaje), que vem pela primeira vez ao Acre. Os eventos acontecem entre os dias 10 e 14 de março do próximo ano.

Mas atualmente, uma das maiores preocupações de Daniel é com relação a reforma tributária. Para ele, a pauta é urgente. “Todas as nossas entidades do associativismo, tanto em nível nacional quanto internacional, estão atentas a essa discussão de reforma tributária no Brasil. O Brasil hoje é uma das maiores economias do mundo e responsável pela grande produção de gêneros alimentícios em escala global. E essa reforma interfere diretamente nessa cadeia produtiva. Hoje, a proposta que está com mais avanço no Congresso é a do ex-deputado federal Luiz Carlos Hauly, e que as nossas entidades endossam o pensamento dele de reforma. Não é ainda o que gostaríamos que fosse, mas é um avanço”, diz.

Ribeiro em palestra na Associação Comercial de São Paulo/Foto: Cedida

Na avaliação de Ribeiro, com essas ações, a perspectiva é de crescimento. Para ele, a política econômica adotada tanto no nível federal quanto estadual estão no caminho certo. “Nos últimos 20 anos viemos de um socialismo velado, um capitalismo de fachada. Com a entrada de Paulo Guedes no Ministério da Economia o país começou a ter pequenos insights de liberdade econômica. A recente criação de uma lei de facilidades na abertura de empresas foi um acerto. Não vamos sentir os impactos hoje mas em poucos anos vamos ter um crescimento muito grande do país por conta dessa facilidade. A expectativa que eu tenho para o próximo ano é que a gente amplie a geração de empregos e tenha um aquecimento maior na economia. Já Eu o governo Gladson eu avalio de médio pra bom. Ele recebeu uma casa com um caixa muito limitado, com empréstimos com valores muito altos e precisou reorganizar essas finanças. Eu entendo que o Estado poderia flexibilizar ainda mais a vida do empresário através do sublimite do Simples, que esse ano tivemos uma oportunidade de aumentar esse limite e não fizemos. O aumento poderia beneficiar os empresários sem comprometer a arrecadação, existem estudos que provam isso”, concluiu.

Encerramento do 1º Congresso das Associações Comercias do Acre/Foto: Cedida

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