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São Silvestre reúne amadores que participam pela festa em São Paulo

Por ESTADÃO

Das 35 mil pessoas inscritas na Corrida Internacional de São Silvestre, nesta terça-feira, em São Paulo, cerca de apenas 150 são atletas de elite. Em sua 95.ª edição, a tradicional prova conta com milhares de corredores que vão apenas para participar da festa. Eles largam do pelotão geral. Engana-se, entretanto, quem pensa que esses amadores não precisam ter uma preparação adequada para suportar o percurso de 15 km.

Dos treinos à hidratação correta, passando pelo aquecimento antes da partida, os atletas amadores recebem orientações para completar a prova em boas condições, sem sobressaltos. O tempo realizado na São Silvestre acaba ficando em segundo plano porque eles sabem que a quantidade de pessoas, principalmente na largada, dificulta o percurso. O que importa é participar da corrida que fecha o ano esportivo em São Paulo.

“A São Silvestre se tornou uma prova cada vez mais difícil de correr porque tem muita gente. As pessoas vão mais pela festa e pela tradição, sem expectativa de tempo”, disse Nelson Evencio, ex-presidente da Associação dos Treinadores de Corrida de São Paulo, que terá 15 alunos competindo nesta terça-feira.

O professor dá treinos de até 45 km percorridos por semana, enquanto que profissionais correm em média 150 km. Nos últimos dias, ele focou em atividades de subida e descida para simular o que os alunos terão pela frente.

Evencio não participará da prova, mas vai encontrar os seus alunos na região da avenida Paulista. “Darei apoio. Marcamos um ponto de encontro para eles deixarem os pertences comigo. Tem muita gente que vai trocada no metrô, mas é bom levar mochila com camiseta seca para vestir depois e não pegar gripe por entrar suado no metrô com ar condicionado”.

O professor dá outras dicas aos amadores. É recomendável que o café da manhã contenha alimentos leves e ricos em carboidratos (como pão com requeijão ou frutas sem casca). O competidor também precisa se preocupar com a hidratação e deve aproveitar a infraestrutura oferecida pela organização, que entrega copos d’água durante todo o percurso – há apoio médico caso seja preciso.

Em relação ao traçado, a subida da avenida Brigadeiro Luís Antônio é um dos trechos mais temidos pelos competidores. O especialista alerta para outra parte da prova. “A descida da Major Natanael é muito íngreme e o atleta pode cair ou tentar acelerar e se machucar. Aí acabou para ele”. Em 2012, o paratleta Israel Barros morreu neste trecho ao perder o controle da cadeira de rodas e bater no muro do estádio do Pacaembu.

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