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Com 30 mortes em 18 dias, deputado pede intervenção federal no Acre

Por TIÃO MAIA, PARA CONTILNET

Foto: reprodução

O deputado estadual Roberto Duarte (MDB), que se apresenta na Assembleia Legislativa como independente às bancadas de apoio e de oposição ao Governo de Gladson Cameli, disse, na tarde de domingo (19), que o governador “precisa assumir que não dá mais conta de conter a violência e solicitar imediatamente Intervenção Federal na Segurança Pública do Estado do Acre”. De acordo com o deputado, as últimas execuções ocorridas em Rio Branco, principalmente aquela de sábado (18), na região da Transacreana, quando seis pessoas foram mortas e uma outra ficou ferida, são as provas de que o Estado perdeu a guerra para os criminosos.

“O crime organizado praticamente tomou o controle dos municípios”, disse o deputado ao lembrar que, nos primeiros 18 dias do mês de janeiro de 2020, pelo menos 30 pessoas foram executadas no Acre. “Por tudo isso, não vejo mais saída senão solicitar Intervenção Federal na Segurança Pública do Acre, pois durante o período de intervenção, as Forças Armadas poderão realizar uma série de ações para coibir o crime organizado e promover a segurança no Estado, assim como foi feito no Rio de Janeiro”, acrescentou.

Duarte lembrou que, em 2019, o Governo do Estado nomeou o Secretário de Segurança e Justiça, Coronel Paulo César, que afirmou que precisava apenas de dez dias para devolver a sensação de segurança aos acreanos. “Apresentaram números que fundamentava uma suposta redução da violência por diversas vezes, mas infelizmente, o que pudemos acompanhar foi a mudança de comando da Polícia Militar três vezes e a troca do Delegado Geral de Polícia Civil por duas vezes, e mesmo assim, a situação só piorou’, afirmou.

O deputado, que é advogado militante no Acre, disse ainda que a Constituição prevê o uso do instrumento de intervenção nas seguintes situações: para manter a integridade nacional, para repelir invasão estrangeira ou de uma unidade federativa em outra, para pôr termo a um grave comprometimento da ordem pública e para reorganizar as finanças de uma cidade. O que está acontecendo no Acre, segundo ele, responde a esses requisitos constitucionais. “Precisamos urgentemente do Exército e da Força Nacional de Segurança Pública nas ruas dos bairros das nossas cidades. Precisamos trazer de volta à nossa população a sensação de segurança que já não temos há muitos e muitos anos”, disse.

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