18 de abril de 2024

Geoglifos no Acre são registrados por site de viagens e imagens devem parar em livro

O site de viagens 360meridianos.com, que já passou por Minas Gerais, Bahia, Pernambuco e Piauí, chegou ao Acre, em expedição, para contar a história dos geoglifos encontrados em boa parte do estado.

O projeto trata-se de uma investigação jornalística, que promete ser uma das maiores já feitas sobre o passado pré-colonial e pré-histórico do Brasil, como um todo.

Os geoglifos também são chamados de “tatuagens da terra” por alguns grupos indígenas da região, essas estruturas de terra escavada foram registradas pela primeira vez na década de 1970, quando o pesquisador Ondemar Dias encontrou oito dessas estruturas na terra do Acre enquanto executava suas atividades para o Programa Nacional de Pesquisas Arqueológicas da Bacia Amazônica (Pronapaba). Em 2018, um desses geoglifos acreanos, com aproximadamente 2500 anos de idade, foi tombado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN). O conjunto dos geoglifos do Acre está atualmente na Lista Indicativa a Patrimônio Mundial como um candidato pelo Brasil.

Geoglifos no Acre/Foto: 360meridianos

No Acre, a equipe do 360meridianos.com esteve em Rio Branco e em 20 geoglifos espalhados pelas BRs 357 e 317, entre os municípios de Senador Guiomard, Capixaba e Xapuri. Usando um drone, a equipe fez centenas de imagens das estruturas.

Para Rafael Sette Câmara, jornalista de Belo Horizonte e um dos fundadores do site, o mais impressionante é a quantidade e o tamanho dos geoglifos.

“São muitos, sempre com formas perfeitas. É incrível pensar que essas estruturas foram feitas há pelo menos mil anos, com a escassa tecnologia e os poucos instrumentos disponíveis na época. Um patrimônio histórico rico e que precisa ser preservado e conhecido por todos os brasileiros”, disse. O jornalista lembra ainda que os geoglifos só são realmente visíveis do alto. “Quem observa de baixo – mesmo que conviva com as estruturas todos os dias – pode não ter noção da grandiosidade delas”.

Toda a captção de registros, incluindo entrevistas com especialistas e moradores, foi transformada em um especial no site e nas redes sociais, e agora um vídeo no YouTube, lançado esta semana. O projeto deve virar um livro e uma exposição fotográfica.

VEJA O VÍDEO: 

PUBLICIDADE
logo-contil-1.png

Anuncie (Publicidade)

© 2023 ContilNet Notícias – Todos os direitos reservados. Desenvolvido e hospedado por TupaHost