A reportagem do ContilNet informando que o ancião Raimundo Paula, de 80 anos, estava disposto a se acorrentar na frente da Secretaria de Estado de Saúde (Sesacre) em protesto por não ser atendido na rede de assistência do Estado, sensibilizou o secretário Alysson Bestene e o paciente não precisou recorrer ao extremo para ser consultado por médicos. Desde as primeiras horas desta quinta-feira (16), o ancião passou a receber cuidados do sistema estadual de saúde e foi submetido a uma bateria de exames no Cecon (Centro de Oncologia) e deve passar por exames de hemograma completo no centro de saúde “Cláudia Vitorino”, em Rio Branco.
Raimundo Paulo vinha se queixando de dores e de que uma de suas mamas, a esquerda, vinha inchando e ele não conseguiu ser atendido nos postos de saúde das imediações de sua casa, no bairro Raimundo Melo, tampouco no Pronto Socorro do Hospital de Base de Rio Branco. “Fui até no Hospital do Amor e lá me disseram que não atendem homens, só mulheres”, disse o ancião ao repórter do ContilNet, o que originou a reportagem.
Ao saber do caso, o secretário Alysson Bestene determinou que seus assessores resolvessem o problema e não permitissem que o ancião chegasse ao extremo de se auto-acorrentar. “Estou com a missão de resolver o problema do senhor Raimundo Paulo”, disse o jornalista Rutembergue Crispim, assessor de Bestene, a quem foi dada a missão de levar o ancião à presença de médicos especialistas.
No Cecon, onde ele foi atendido, o diagnóstico preliminar é de que o inchaço na mama e as dores não é algo tão grave, como ele temia. Na sua idade, 80 anos, é comum glândulas mamárias, mesmo em homens, incharem e causarem algum desconforto ao paciente, disse uma das médicas que o atenderam. Mesmo assim, ele prosseguirá fazendo exames porque há suspeitas de que também esteja com o diabetes descontrolado.
Alysson Bestene disse que seu trabalho, determinado pelo governador Gladson Cameli, é para que casos como o do ancião Raimundo Paulo deixem de ocorrer. “O que nós queremos é que a rede de tenção básica funcione. Funcionando, casos como o desse senhor serão atendidos em casa, sem maiores sacrifícios por parte do paciente”, disse Alysson Bestene. “É uma árdua missão a qual aceitamos e estamos trabalhando no sentido de que possamos melhorar a gestão e todo o sistema de saúde”, acrescentou.