O Rally Dakar, que teve em 2020 a sua primeira edição na Arábia Saudita, terminou há uma semana, mas nesta sexta-feira registrou mais uma morte. O holandês Edwin Straver, de 48 anos, não resistiu ao grave acidente de moto sofrido na 11.ª e penúltima etapa, no último dia 16, e passados oito dias de internação o piloto faleceu em um hospital da capital Riad.
No dia do acidente, Starver foi imediatamente assistido pelo português Mário Patrão, que chamou a assistência médica do rali. “Estava indo no meu ritmo e no quilômetro 120, enquanto estava tentando encontrar um ‘waypoint’ (ponto de passagem obrigatória), vi um piloto caído, chamei de imediato a equipe médica e prestei auxílio até a sua chegada. Senti a pulsação no pescoço dele assim que me aproximei, mas, de repente, deixei de sentir”, contou o piloto na ocasião.
Straver participava do Rally Dakar pela terceira vez, sempre nas motos. Ele é o segundo piloto morto nesta edição da competição. O primeiro foi o português Paulo Gonçalves, que não resistiu a ferimentos sofridos também em um acidente de moto no último dia 12.
O holandês é o 30.º competidor morto desde a primeira edição do rali, em 1979. Curiosamente, o criador da competição, Thierry Sabine, foi uma das vítimas da prova, mas não por estar competindo, mas sim em uma queda de helicóptero durante uma tempestade de areia no deserto do Saara, em 1986. Até hoje, somando competidores, espectadores e membros de apoio, 75 pessoas morreram no Dakar.
A categoria de motos é disparada a com maior número de fatalidades na história do Rally Dakar, com 31. Antes da edição 2020, o último acidente com morte na competição havia acontecido em 2015 com o polonês Michal Hernik, na Argentina.