Acre detém a 8ª maior taxa de trabalhadores subutilizados do país, diz pesquisa

O Acre chegou, em fevereiro de 2020, ao quarto trimestre com a oitava maior taxa de subutilização da força de trabalho, com 31,4% – atrás apenas do Piauí, com a maior taxa, de 49%,  Bahia, com 39%, e Maranhão, que ficou com 38,2%. Os dados são do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) e foram publicados no último boletim do PNAD (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios), realizada anualmente nos domicílios brasileiros para apurar características gerais da população, incluindo dados de educação, trabalho, rendimento e habitação, além de levantar, com periodicidade variável, outros temas, de acordo com as necessidades de informação para o país.

Por definição, o trabalhador cuja força é subutilizada é um problema tão grave quanto o desemprego, porque este apresenta um índice ainda maior do que os que não têm trabalho, na casa dos 13 milhões de pessoas no país atualmente. Para o IBGE, só é considerado desocupado constante das estatísticas de desemprego aquela pessoa que  não está trabalhando, procurou emprego nos 30 dias anteriores à pesquisa e estava apto a começar a trabalhar e não conseguiu. O trabalhador subutilizado, segundo o conceito do IBGE e do próprio PNAD, é aquele que trabalha menos de 40 horas por semana e gostaria e poderia trabalhar mais.

Isso significa que a força de trabalho potencial é formada por pessoas que gostariam de trabalhar, mas não procuraram ou procuraram mas não estavam disponíveis para trabalhar no momento da pesquisa. Mulheres que estão fora do mercado para criar filhos, por exemplo, entram nessa conta. A soma desse contingente é o que a economia brasileira desperdiça de mão de obra atualmente.

A taxa avançou no último ano. No terceiro trimestre de 2019 era de 18%, agora atinge 21,2%. Isso significa que mais de 1 de cada 5 brasileiros aptos a trabalhar estão fora do mercado de trabalho.

De acordo com a última pesquisa, os estados onde foram observadas as menores taxas foram: Santa Catarina (10,2%), Mato Grosso (12,9%) e Rio Grande do Sul (14,6%). Os dados foram trabalhados pela equipe técnica do Observatório do Fórum Permanente de Desenvolvimento do Acre, órgão da Federação das Indústrias do Acre (Fieac), que atua sob a coordenação do economista Orlando Sabino da Costa. O Fórum  está elaborando o Boletim Trimestral da Força de Trabalho para ser publicado no site do observatório: http://observatoriodoacre.org.br/

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