25 de abril de 2024

Corpo de peruano morto na Transacreana continua desaparecido; acusado é preso

O delegado de Polícia Civil Martins Husssel, da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), em Rio Branco, deverá pedir elasticidade de prazo no inquérito policial que apura a possível morte do peruano naturalizado brasileiro Oscar Tensaria Pereira, de 60 anos de idade.

O delegado também deverá pedir a prorrogação da prisão preventiva do principal suspeito do crime, um homem identificado como Paulo Henrique de Moura, de 48 anos. O consulado do Peru no Acre acompanha as investigações a pedido da família de Oscar Tensaria.

Preso, Paulo Henrique não confessa o crime, não fala das motivações do crime nem tampouco revela onde estaria o corpo do peruano. O crime ocorreu no último dia 24 de janeiro deste ano, uma quinta-feira. Oscar, que vivia maritalmente com a professora aposentada Maria José Mortari, moradora da Cohab do Bosque, em Rio Branco, só vinha para casa na cidade nos finais de semana. Durante a semana, ele permanecia tomando conta de uma chácara da família na localidade do Ramal do “V”, já em território do município de Porto Acre.

A um amigo e vizinho, de nome Jonas, o peruano manifestou o desejo de comprar uma área de terra maior para criar gado. Foi quando Jonas disse que conhecia quem pudesse lhe vender as terras, na região da Transacreana, e lhe apresentou a Paulo Henrique. Os três então rumaram para a localidade, à altura do quilômetro 65. Eles viajaram em separado – Jonas de carro e Oscar de moto, com seu futuro assassino na garupa.

No local onde estariam as terras dispostas à venda, o ramal era de difícil acesso para carro de tal forma que Jonas e seu veículo ficaram à beira da estrada, enquanto Oscar e Paulo Henrique foram de moto ao local combinado. Depois de esperar a tarde inteira pelo retorno dos dois, quando anoiteceu, Jonas decidiu ir embora e, quando estava na delegacia comunicando o desaparecimento, recebeu um telefonema de Paulo Henrique dizendo que Oscar havia sido morto por um desconhecido, que atirara nele e que ele fora obrigado a fugir.

A polícia começou a desconfiar de Paulo Henrique porque ele falou de tiros e foi encontrada a blusa de Oscar com marcas de furada de faca e sem resíduo de pólvora. “Foi ele que matou meu marido”, disse Maria José Mortari, com base em informações do passado de Paulo Henrique, que teria pelo menos quatro homicídios nas costas. “Só não sei o motivo de ele cometer tamanha barbaridade e não revelar nem onde jogou o corpo do Oscar”, disse.

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