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Em Pucallpa, governo participa do 1º Encontro Empresarial Ucayali-Acre 2020

Por ASCOM

Mais um importante passo para o intercâmbio comercial entre Brasil e Peru será dado entre os dias 10 e 11 de fevereiro com a realização do 1º Encontro Empresarial Ucayali-Acre 2020, na cidade peruana de Pucallpa. Liderada pelo vice-governador Major Rocha, a comitiva acreana é composta por autoridades e empresários de vários municípios.

O próximo domingo, 9, será mais um dia histórico para a integração entre os dois países. Às 10h da manhã, um avião fretado sairá do aeroporto de Cruzeiro do Sul com 76 passageiros rumo à capital do departamento de Ucayali. Em linha reta, os 230 quilômetros que separam as duas cidades serão percorridos em aproximadamente 40 minutos.

Este será o início promissor dos estudos de viabilidade para o estabelecimento de uma rota aérea comercial entre Cruzeiro do Sul e Pucallpa. Além do interesse já manifestado por brasileiros e peruanos, os aeroportos das duas cidades estão preparados para receber voos internacionais.

Desde o início do atual governo, a aproximação comercial entre Brasil e Peru sempre foi tratada com prioridade. Gladson Cameli e Major Rocha já participaram de importantes reuniões estratégicas no país vizinho para debater o assunto com autoridades peruanas. Além disso, o governo do Estado criou o Grupo de Trabalho de Integração exclusivamente para o fortalecimento dessa parceria e o planejamento de novas ações.

Encontro empresarial Ucayali-Acre

Visando a possibilidade na ampliação de negócios entre os dois países, vários empresários acreanos vão a Pucallpa levar as potencialidades locais, assim como conhecer os produtos peruanos que podem ser importados e comercializados no Peru no 1º Encontro Empresarial Ucayali-Acre 2020.

De acordo com o coordenador do Grupo de Trabalho de Integração, Francimar Cavalcante, o mercado peruano tem grande interesse na carne bovina e no pescado produzido no estado. Em contrapartida, frutas, legumes e verduras peruanas são de grande interesse para abastecer o Acre.

Cavalcante destacou ainda que, diferentes das frustadas tentativas do passado, desta vez, a organização estabelecida para a concretização de uma relação sólida e os ambientes econômico e político são extremamente favoráveis para os dois países.

“Os empresários e autoridades peruanas estão vendo a nossa seriedade em relação a esse intercâmbio e eles estão tão empolgados quanto a gente para que possamos, de fato, firmar uma verdadeira integração. Temos nossos produtos a oferecer, assim como eles possuem produtos que nos interessam, mas que por causa da burocracia existente, isso tem nos atrapalhado. A nossa principal intenção é buscar os mecanismos necessários para desburocratizar e flexibilizar as leis dos dois países”, explicou.

“A fala do presidente Jair Bolsonaro sobre a possibilidade de investir capital prometido pela Arábia Saudita com a construção de uma ferrovia até o Pacífico passando pelo Acre foi altamente positiva e mostra realmente que o Brasil quer ampliar sua relação com o Peru e isso mostra claramente que o nosso estado vai exercer função estratégica neste processo”, completou Francimar Cavalcante.

O encontro será marcado por uma extensa programação. Além da fala de autoridades brasileiras e peruanas, serão apresentadas as oportunidades comerciais e oferta de produtos de Ucayali e Acre, assim como rodadas de negócios, exibição de produtos e serviços, um plano para o fortalecimento do comércio exterior e turismo entre as duas regiões e assinaturas de acordos entre os governos

Construção da rodovia internacional entre Cruzeiro do Sul e Pucallpa

A ligação rodoviária entre o extremo oeste do Brasil e o leste peruano é um antigo sonho entre os dois povos que voltou a entrar em discussão. A estrada binacional Cruzeiro do Sul-Pucallpa consolida um novo acesso ao oceano Pacífico e estabelece uma rota ainda mais próxima da costa oeste americana e do continente asiático.

No departamento de Ucayali e em seu entorno vivem cerca de 8 milhões de habitantes. Com a construção da rodovia, o acesso ao Brasil seria encurtado cerca de dois mil quilômetros. Nesta região, a Cordilheira dos Andes não é tão alta como nos locais cortados pela rodovia Interoceânica e facilita o tráfego de caminhões e carretas.

Do lado brasileiro, os levantamentos topográficos já foram iniciados sob a coordenação da secretaria de Estado de Infraestrutura (Seinfra). Os estudos estão concluídos até o rio Azul, na entrada do Parque Nacional da Serra do Divisor. Caberá ao governo do Estado fazer o traçado e projeto da estrada do lado brasileiro para a captação dos recursos para o início da obra, que terá um conceito totalmente ecológico.

O vice-governador Major Rocha é um grande entusiasta da integração com o Peru pelo Vale do Juruá. O gestor tem acompanhado de perto e participado ativamente desta nova relação binacional. Ele ressaltou que a futura estrada é mais uma grande oportunidade de desenvolvimento para o Acre e o país vizinho.

“Da mesma forma que a gente, os peruanos também têm grande interesse na construção dessa rodovia. Aquela região tem uma forte produção agrícola e eles entendem que além do Acre, nossos estados vizinhos são mercados em potencial para seus produtos. Sem contar que estes 230 quilômetros que separam Cruzeiro do Sul e Pucallpa vão evitar que eles precisem cruzar praticamente todo o Peru para chegar ao Brasil e isso não é atrativo para eles. Estamos fazendo a nossa parte e trabalhando muito para que este sonho se torne uma realidade para ajudar no desenvolvimento tanto do Acre como do Peru”, pontuou Rocha.

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