Um dos primeiros desafios do São Paulo na Libertadores deste ano será a logística. O clube enfrentará o Binacional, do Peru, no próximo dia 5, às 21h (de Brasília), em Juliaca. Mas a primeira parada será em Santa Cruz de La Sierra, na Bolívia.
A decisão de ir para a cidade boliviana antes de desembarcar no Peru tem um propósito: diminuir os efeitos da altitude. Juliaca é uma das cidades mais altas desta Libertadores, 3.825 metros acima do nível do mar, e chegar ao local no dia do jogo é uma das saídas para não sofrer com os efeitos da falta de ar.
O Tricolor treina no CT da Barra Funda na quarta-feira (04) de manhã, viaja para Santa Cruz de La Sierra logo depois do almoço e chega à Bolívia à noite. A ida para Juliaca acontecerá apenas na quinta-feira (05), dia do jogo, após o almoço.
Para evitar desgastes além dos que já serão enfrentados com os deslocamentos, o São Paulo fará todo esse trajeto em um avião fretado. A escolha por Santa Cruz de La Sierra como parada e não Lima, no Peru, por exemplo, visa a uma economia de aproximadamente duas horas entre uma cidade e outra.
Primeira parada: São Paulo > Santa Cruz de La Sierra – 2.512,4 km (tempo estimado de voo de 2 horas e 50 minutos);
Segunda parada: Santa Cruz de La Sierra > Juliaca – 1.136,2 km (tempo estimado de voo de 1 hora e 50 minutos).
Na volta a São Paulo, o Tricolor também não ficará muito tempo em Juliaca. Assim que o jogo terminar, a delegação pegará um ônibus direto para o aeroporto internacional da cidade e embarcará no voo fretado em direção a Santa Cruz de La Sierra, em uma parada obrigatória.
A ideia inicial é aguardar a liberação para retornar a São Paulo sem a necessidade de ficar em um hotel. A expectativa é chegar na sexta (06) à capital paulista para iniciar os preparativos para encarar o Botafogo-SP, no domingo (08), às 16h, em Ribeirão Preto.
Duas visitas a Juliaca
Para definir todos esses detalhes prévios, funcionários do São Paulo de diferentes áreas viajaram duas vezes para Juliaca para conhecer a logística e os desafios que serão enfrentados com a altitude, o clima e a pressão no estádio Guillermo Briceño Rosamedina.
No início de fevereiro, o fisiologista Luiz Fernando Barros e o gerente de futebol José Carlos dos Santos, responsável pela logística do clube, visitaram a cidade peruana e verificaram as condições dos hotéis, os deslocamentos, a situação do estádio e cuidados com a alimentação.
No último fim de semana, o analista de desempenho Raony Thadeu foi acompanhar uma partida do Binacional no estádio para fazer observações do adversário e sentir o clima da torcida e as adversidades que o Tricolor deve enfrentar.
O São Paulo está no Grupo D da Libertadores, que ainda conta com River Plate, da Argentina, e LDU, do Equador.