O prefeito de Senador Guiomard, André Maia (PSD), anunciou na última semana que a empresa Gazin vai montar uma fábrica em sua cidade. Será uma fábrica de estofados, e vai gerar 200 empregos diretos, com a distribuição dos utilitários para abastecer as suas lojas no Acre – um total de pelo menos 15 estabelecimentos, na Capital e no interior do Estado, onde trabalham pelo menos mil pessoas. A ideia é que o empreendimento seja inaugurado ainda este ano, no máximo no segundo semestre.
Maia disse que as articulações para que Gazin produzisse no Acre parte dos móveis que vende passaram a ser feitas pela Prefeitura de Senador Guiomard junto ao dono da empresa, Mário Gazin, assim que ele tomou posse, em 2017. “Sabíamos do interesse das empresas Gazin de montarem um centro de distribuição em nosso Estado e passamos a trabalhar para que isso acontecesse no nosso município”, disse o prefeito.
Para concretizar o negócio, um dos filhos de Mário Gazin e um dos diretores da empresa, Jair Gazin, esteve em Senador Guiomard e adquiriu um grande lote de terra para instalar a fábrica. O empresário Chiquito Lopes será parceiro do negócio.
André Maia está em viagem a serviço, mas orientou sua equipe a receber os empresários e lhes oferecer toda a assessoria necessária. O prefeito disse que este será o início de um grande trabalho de persuasão para atrair mais empresas para Senador Guiomard. “Estou feliz por esta iniciativa, pois esse era um sonho antigo e será o primeiro passo para um projeto que nos permitirá abrir as portas para outros investimentos vindos de grandes indústrias”, afirmou.
A Arte de Encantar Clientes
Mário Gazin, um empresário paranaense, já esteve no Acre. É um dos empresários mais fortes do Brasil, com sua biografia publicada no livro “A Arte de Inspirar pessoas e Encantar Clientes”. O livro conta que, enquanto muitas crianças sonhavam em comprar um brinquedo novo, Gazin, ainda pequeno, já queria melhorar de vida. “Todos os dias, Mário e seus irmãos iam para a roça trabalhar com o pai, nas fazendas de café. Aos 11 anos, Gazin arrumou dois empregos e deixou a enxada de lado. Durante o dia, era sapateiro e, à noite, trabalhava na padaria da diretora do colégio onde estudava. Meses depois, Gazin foi trabalhar com o filho da patroa, em uma loja de móveis.”. conta um trecho do livro com sua história de vida.
De acordo com o livro, o sonho de Gazin de mudar de vida só crescia com o tempo. Aos 17 anos de idade, recebeu a notícia de que a filial em que trabalhava iria fechar. É aqui que começa sua história de sucesso. “Para poder comprar a loja que tanto desejava, convenceu seu pai a vender o jipe da família, o único objeto de valor que tinham, e investir todo o dinheiro no negócio”, conta o livro.
Como se isso não fosse o bastante, o paranaense colocou como meta que cada um de seus irmãos tivesse também uma loja. E não é que, depois de 6 anos, 3 dos 5 irmãos já estavam comandando um negócio? Alguns podem dizer que foi sorte ou que Gazin realmente levava jeito pra coisa, mas o empreendedor não tem dúvidas: segundo ele, a razão do seu sucesso está na confiança nele próprio e também nos outros.
Mas nem toda essa história foi simples. Quando tudo parecia estar indo bem, uma geada muito forte atingiu o sul do Brasil, obrigando milhares de agricultores a mudarem de vida e, em alguns casos, até mesmo migrarem para outras cidades e estados. Eles não eram apenas agricultores e moradores da região. Para Gazin, eles eram clientes, eram parte da família. “E se tem uma coisa que Mário não suporta é ver cliente insatisfeito”, diz a biografia.
Foi aí que começou a história do empresário com o interior do Brasil. Ele foi atrás de consumidores abrindo lojas em Mato Grosso e Mato Grosso do Sul. Depois, inaugurou outra em Rondônia, no Acre e no Amazonas. “E foi assim até a décima loja de móveis: crescendo correndo atrás dos clientes. Se você tem dúvidas sobre essa abordagem, a Móveis Gazin já chegou a faturar R$ 2 bilhões por ano”, conta o livro..
Gazin também é um palestrante. Por onde passa, conta sua história sempre dizendo que que acha a sua empresa a mais linda do mundo, não pela sua infraestrutura e design, mas porque ela tem “povo feliz”. “Empreender é fazer, colocar a mão na massa. O empreendedor vê o mundo de amanhã e cria resultados”, diz.