Desaparecida há exatos 30 dias, no dia 28 de janeiro de 2020, quando saiu de casa, no bairro da Calafate, para levar o filho de seis anos numa lanchonete de parentes, na Estrada da Floresta, a jovem Késia do Nascimento, de 20 anos, é um ponto de interrogação e mistério para a própria Polícia Civil, cujos investigadores não conseguem responder perguntas simples sobre seu paradeiro. O inquérito que apura o desaparecimento está aberto na Delegacia de Homicídio e Proteção à Pessoa, sob responsabilidade do delegado Martins Hussel. Tramita em segredo de Justiça, disse o delegado.
A jovem desaparecida é portadora de esquizofrenia, doença designada por termo geral como um conjunto de psicoses endógenas cujos sintomas fundamentais apontam a existência de uma dissociação da ação e do pensamento, expressa em uma sintomatologia variada, como delírios persecutórios, alucinações, perda auditivas e labilidade afetiva. Vivia à base de remédios e, no dia em que saiu de casa, não levou nada além da roupa e da sandália que calçava. “Não levou nem os remédios”, disse a mãe da jovem, a professora Maria Darc do Nascimento, que nesses 30 dias de ausência tem feito da procura pela filha a sua rotina diária. “Peço pelo amor de Deus que quem tiver uma informação sobre ela, passe para nós ou para a família”, disse a mãe, desesperada.
Pelo menos dez pessoas que tiveram contato com a jovem momentos antes de seu desaparecimento já foram ouvidas em sede policial, mas os nomes não podem ser revelados para não atrapalhar as investigações. O filho da desaparecida, de 6 anos, pode vir a ser a chave para solucionar o mistério. A criança contou que, no dia em que saiu de casa na companhia de sua mãe para ser levado ao encontro de uma tia, no bairro Floresta, ambos pegaram carona num carro preto, cujo tipo ele não soube dizer. A polícia fez varredura em câmeras de segurança da região em busca do tal carro preto nas imagens, mas não o localizou.
Quem tiver informações sobre o seu paradeiro, pode informar a polícia, pelo 190.