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Marechal Thaumaturgo está sem Banco do Brasil e serviço regular dos Correios

Por LEANDRO CHAVES, DO CONTILNET

O município de Marechal Thaumaturgo, distante 550 km de Rio Branco, está sem Correios e Banco do Brasil desde o ano passado, denunciam moradores. Com cerca de 18 mil habitantes, a cidade, que faz fronteira com o Peru, é uma das mais isoladas do país.

Até novembro, os serviços postais eram feitos por avião. Mas a estatal encerrou contrato com a empresa aérea e passou a fazer entregas por barco. Porém, os moradores reclamam da demora e da falta de periodicidade no serviço.

De acordo com eles, é comum que o transporte fluvial fique retido em Cruzeiro do Sul por vários dias à espera de um número considerável de cargas para seguir viagem sem prejuízos com o frete. A população teme ainda que no verão, quando o nível dos rios da região cai, a navegação fique ainda mais demorada ou até mesmo impossibilitada.

Antônio Cristóvão é empresário no ramo farmacêutico e lamenta a situação. “A impressão é que Marechal Thaumaturgo está regredindo. Até o ano passado nossas postagens vinham de avião e de um dia para o outro passam a chegar de barco e sem periodicidade. Isso impacta demais o dia a dia da população”.

Já o Banco do Brasil oferecia seus serviços na cidade por meio do banco postal, com o uso dos Correios para a intermediação de serviços bancários básicos. Após o encerramento do contrato entre as duas instituições em todo o Brasil, o trabalho foi suspenso em dezembro e os correntistas do BB ficaram impossibilitados de fazer saques e demais transações presenciais.

O banco prometeu enviar aparelhos que permitem operações simplificadas. Os objetos serão operados por um servidor do BB na farmácia de Cristóvão. Porém, a população aguarda a entrega do objeto pelos Correios, que não dá as caras na cidade há vários dias.

Luiz Henrique Vieira é de Sena Madureira e mora em Marechal Thaumaturgo desde abril de 2019. Correntista do Banco do Brasil, ele precisa transferir seu dinheiro por celular para uma conta da Caixa Econômica, que possui filial de Cruzeiro do Sul na cidade, para sacar com taxas. “A gente sofre muito pra rodar dinheiro nessa cidade e receber qualquer produto de fora”.

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