“O Real Resiste”: essa é a faixa-título do disco que Arnaldo Antunes lança em 7 de fevereiro. A letra, vetada pela estatal TV Brasil, sob o comando do governo de Jair Bolsonaro, traz versos como “Miliciano não existe/ Torturador não existe/ Fundamentalista não existe/ Terraplanista não existe”.
O que ninguém sabe é que, dentro desse trabalho, tem Acre envolvido. Em entrevista para a Folha de SP, Arnaldo conta que, recentemente, fez uma imersão na tribo indígena dos Yawanawás, no Acre. Duas das canções de seu novo álbum, “Língua Índia” e “Dia de Oca”, foram compostas na aldeia.
“É muito louco que existam governantes como Bolsonaro, Trump e outros no mundo que questionem a existência de aquecimento global, que se neguem a manter os acordos internacionais para a preservação do meio ambiente. Parece que são cavaleiros do apocalipse e que o lado suicida da humanidade está querendo acelerar o fim do mundo”, falou ao iste sobre sua produção.
“O Real Resiste” terá turnê, prevista para abril. Trata-se do 18º disco de sua carreira solo.