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No dia do aniversário, Angelim recebe apelos para votar à política

Por TIÃO MAIA, PARA O CONTILNET

Não foi à toa que o nome do professor de economia Aposentado da Universidade Federal do Acre (Ufac) Raimundo Angelim Vasconcelos apareceu com pelo menos 17% das intenções de votos na última pesquisa de opinião pública para a Prefeitura de Rio Branco, num universo de 800 pessoas. Aniversariante desta quarta-feira (19), quando completa 65 anos de idade, este tarauacaense registrado em Rio Branco, onde foi prefeito por duas vezes, deputado estadual e federal até 2018, é um dos poucos petistas que vêm resistindo à verdadeira limpeza política e eleitoral promovida pela sociedade contra o PT.

Nas internet, a pretexto de parabeniza-lo pelo aniversário, muitas pessoas entupiram suas caixas de mensagens com pedidos para que ele volte à política, se candidatando a um terceiro mandato de prefeito agora em 2020. Desde que foi derrotado na disputa pela reeleição à Câmara Federal, em 2018, Angelim não fala de política. Quando abriu a boca foi para dizer que não disputaria a eleição. Mesmo assim, os apelos continuam.

Um dos primeiros a lembrar do aniversário do antigo aliado foi ex-senador e ex-governador Jorge Viana. Numa postagem em uma de suas páginas de redes sociais, sob a foto de ambos, Jorge Viana escreveu: “Para quem tem alma acreana não existe nunca mais…”. A declaração é um claro sinal de que os cardeais petistas ainda sonham com o prefeito voltando à política e a disputar o cargo de prefeito, o que ele renega. Informações de bastidores dão conta de que Angelim até se deixou tocar pelos apelos, mas recebeu resistências de dona Gerlívia Maia, sua esposa, que seria contra uma nova candidatura sua, Há quem diga que a esposa de Angelim defende inclusive a transferência definitiva da família para Brasília, por entender que o ex-prefeito já deu sua contribuição à política local.

Angelim descende de família pobre de Tarauacá, que se estabeleceu em Rio Branco. Em 1980, aos 30 anos de idade, obteve o bacharelado em economia pela Ufac, onde já trabalhava desde 1976 como contínuo. Diplomou-se posteriormente em gestão empresarial pela Fundação Getúlio Vargas (FGV). Na Ufac, tornou-se professor em 1981, foi pró-reitor de planejamento de 1984 a 1988 e diretor do Departamento de Economia em 1990.

Secretário de Planejamento do Acre de 1991 a 1992, na gestão de Edmundo Pinto. Com a morte do governador e seu amigo e ex-colega de trabalho na Ufac, filiou-se ao Partido dos Trabalhadores (PT). Em 1992 tornou-se diretor-superintendente do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas do Acre (Sebrae-AC), cargo em que permaneceu até 1995. Foi também secretário municipal do Trabalho e Bem-Estar Social da prefeitura municipal de Rio Branco em 1994-1995, na gestão de Jorge Viana. Em 1996 e 1997, foi coordenador de Planejamento e Orçamento do Tribunal de Justiça do Estado. Com a ida de Jorge Viana para o Governo do Estado (1999-2007), foi chefe do Gabinete Civil de 1999 a 2002. Eleito nesse último ano deputado estadual na legenda do PT, assumiu o mandato em fevereiro de 2003, mas pouco depois deixou a Assembleia Legislativa para assumir as secretarias de Desenvolvimento das Cidades e Habitação e de Cidadania e Assistência Social (2003-2004).

Em outubro de 2004, apoiado por uma coligação que reuniu, além do PT, outras sete legendas, foi eleito em primeiro turno prefeito de Rio Branco, iniciando sua gestão em janeiro de 2005. Repetiu o feito em 2008, tornando-se o primeiro prefeito reeleito da cidade. Em 2014, foi eleito deputado federal. Derrotado em 2018, fixou residência em Brasília e estaria resistindo aos apelos para voltar à política.

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