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Ribamar diz que críticas a Gladson fazem parte da democracia e que não há crise

Por TIÃO MAIA, PARA O CONTILNET

O secretário de Estado da Casa Civil, Ribamar Trindade, disse ao Contilnet, na tarde desta segunda-feira (04), que recebeu com naturalidade as críticas de deputados de oposição à mensagem governamental que ele leu, como representante do governador Gladson Cameli, em sessão solene da Assembleia Legislativa. Assim que a mensagem foi apresentada, deputados de oposição como Fagner Calegário (PL) – embora este negue esta condição -, Jenilson Leite (PSB), Daniel Zen (PT), Edvaldo Magalhães (PC do B) e Roberto Duarte (MDB), mesmo em se tratando de uma solenidade com a participação de representantes dos demais poderes que compõem o Estado, deixaram o que deveria ser um momento solene, de liturgia e congregação e partiram para o ataque ao Governo e ao governador.

Jenilson Leite, por exemplo, falou de problemas na área de saúde, Daniel Zen disse que o governo ainda não se encontrou em mais de 400 dias administração e Edvaldo Magalhães cobrou definições claras em relação a projetos de desenvolvimento. Calegário reclamou da falta de transparência de realização de licitações públicas. Duarte bateu forte em relação ao registro de pelo menos 47 assassinatos em Rio Branco no mês de janeiro de 2020.

Ribamar Trindade ouviu as críticas calado, enquanto dois deputados da base de sustentação do Governo, Gerlen Diniz (Progressistas), o líder que anunciou que vai renunciar ao cargo para dedicar-se à campanha pela Prefeitura de Sena Madureira na qual é pré-candidato, e Cadimiel Bonfim (PSDB) ainda tentaram a defesa do Governo mas o que prevaleceu foram os ataques da oposição. Ataques que, na sessão desta terça-feira (05), serão mais fortes, anunciaram os líderes da oposição.

À saída da Assembleia, Ribamar Trindade disse que as críticas são sempre construtivas porque, ressaltou o secretário, “vivemos num estado democrático e de direito no qual os deputados têm livre manifestação”. “Essas críticas servem para que o Governo também possa refletir sobre aquilo que tenha dado certo e sobre também possíveis erros para que possa ser consertados o que tenha dado errado. É isso o que o governador Gladson Cameli tem falado sempre: que está aberto às críticas e que não é o dono da verdade. Ele mesmo fala isso e são palavras dele que o Governo está sempre procurando acertar. As críticas construtivas são sempre bem vindas”, disse.

Ribamar Trindade afirmou também que o principal acerto do governador Gladson Cameli em 2019 foi o de ter equacionado a questão fiscal e econômica do Estado. “Nós tivemos muitos problemas quando recebemos o Governo, com atrasos de pagamento de 13º Salário, Pró-Saúde e com alguns fornecedores. Isso nós conseguimos colocar em dia e agora estamos colocar em prática, no ano de 2020, tudo aquilo que é o Plano de Governo Gladson Cameli, não só naquilo que a população espera mas também naquilo que o governador prometeu em campanha”, afirmou o secretário.

Trindade também falou sobre o anúncio de sua sápida do Governo, no final do ano passado. “Minha decisão na época de sair do Governo se deu por uma questão pessoal e não teve nada a ver com erros do Governo”, disse. “Todos nós somos passíveis de acertos e erros. Todos os governos, todos os seres humanos cometem erros. Mas nós estamos aqui para acertar e tentar fazer neste ano aquilo que a população precisa, que é uma Saúde, uma Segurança Pública e Educação de qualidades”, disse.

Sobre Segurança Pública, um dos pontos mais abordados pelos deputados após a leitura da mensagem governamental, Ribamar Trindade admitiu que setor da segurança pública fosse o grande calcanhar de Aquiles do Governo, mas ressaltou tratar-se de um problema nacional. “No momento em que eu lia a mensagem do governador, ele estava em Brasília reunido com o ministro Sérgio Moro para tratar do problema da segurança nas fronteiras. Nós precisamos do apoio do governo federal. Por isso, nosso governador foi a Brasília em busca de recursos e equipamentos para aparelhar as nossas políticas e também para pedir ao Governo Federal para que patrulhe nossas fronteiras, a fim de que o Governo Federal exerça seu papel institucional e constitucional, que é o de proteger as fronteiras dos estados”, disse Ribamar.

Provocado sobre um novo pedido de exoneração do Governo, o secretário disse que os problemas foram resolvidos e que ele segue tranquilo no cargo e que vai ajudar o governador “até quando ele precisar”. “Está tudo tranquilo quanto a isso”, disse.

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