Terminou nesta quinta-feira (5) a greve de fome dos detentos do complexo prisional Francisco d’Oliveira Conde. Após quatro dias sem se alimentarem, quase 1500 presos de cinco pavilhões decidiram jantar na última noite.
O movimento foi deflagrado em protesto contra a suspensão das visitas íntima e familiar por parte da diretoria do presídio.
O Instituto de Administração Penitenciária (Iapen) informou que interrompeu as visitas após encontrar bilhetes com planos de fuga em massa. O diretor do FOC, Fagner Souza da Silva, disse que já havia planos para a greve antes da suspensão. Os presos também queriam o retorno dos televisores e freezers, além de mais tempo para as visitas.
Pouco mais de 100 detentos já haviam recuado pouco antes do fim da greve e já se alimentavam normalmente. Desde segunda (2) os alimentos recusados eram distribuídos para instituições sociais como Educandário Santa Margarida e Lar Vicentino. Indígenas refugiados da Venezuela que vivem em Rio Branco também receberam a comida.
Os ex-grevistas pertencem a uma única facção criminosa, segundo o Iapen. Na terça (3), agentes penitenciários encontraram vários alimentos estocados. Muitos já estavam impróprios para consumo. Todos os itens foram recolhidos.