O corpo da dona Olgarina Furtado de Araújo foi sepultado na manhã desta terça-feira (17), no cemitério São João Batista, em Rio Branco. Emocionados, familiares e amigos deram o último adeus à tarauacaense, que partiu na segunda (16), aos 89 anos de idade.
Olgarina deixa quatro filhas, sete netos e seis bisnetos. Nesta terça, a família emitiu nota de falecimento. Confira:
“Nota de falecimento
É com profundo pesar que comunicamos o falecimento de Olgarina Furtado de Araújo, ocorrido no dia 16/03/2020. Tarauacaense, com 89 anos, esposa do já falecido Sérgio Menezes de Araújo e mãe de Máxima, Raimunda, Olga e Nadja Furtado de Araújo. Dona Olgarina, era bastante conhecida na cidade de Tarauacá, famosa por sua boa comida sendo uma de suas especialidades a galinha cabidela, vatapá, salpicão, ainda da época da pensão, muito querida e amada por todos, muito prestativa sempre acolheu o próximo como se filho fosse. Mulher destemida, sempre contava em suas estórias que nas épocas de seringal “derrubava uma banda de boi sozinha”, caçava veado com a espingarda e não tinha medo de onça, cobra e nem mesmo de jacaré. Dona de um genuíno acreanês, nos ensinou os termos bexigar (não vazar o gás), avechar (se mais ágil), arrodear (dar a volta), acudir (socorrer), e seus ditos populares que iam desde “hoje você vai ver o cú da cabra torcer do bode ferver”, “aguenta 600!!!”. Vaidosa que só ela, as sobrancelhas sempre um capricho, cabelos arrumados e ficava brava com quem passasse a mão em sua cabeça os desarrumando, nem quando estava acamada perdia a vaidade. Adorava assistir uma partida de futebol, ainda mais se fosse da seleção brasileira “aja coração!!!”. Não tinha medo de viajar de avião, pelo contrário gostava e muito, tomou seu primeiro banho de mar depois dos 80 anos e amou. Foi uma professora para a vida, nos passou os mais lindos ensinamentos que é amar ao próximo, perdoar, ser solidário, paciente, pacificador, deixar as desavenças pra lá, que a família deve sempre permanecer unida, que o amor está à mesa na hora de qualquer refeição e que um cafezinho é sempre bem-vindo. Obrigada Dona Olgarina, obrigada por tudo que nos deixou, a senhora estará presente em todo momento de nossas vidas e eternizada em nossos corações. Que o Nosso Senhor Jesus Cristo e Nossa Senhora te receba de braços abertos. Descanse em paz nossa poderosa. Te amamos! De suas filhas Máxima, Raimunda, Olga e Nadja, de seus netos e netas Carla, Fabrícia, Dheives, Isabelly, Gustavo, Belize e Alice, de seus bisnetos Beatriz, Maria Eduarda, Serginho, Júnior, João Pedro, Arthur, de seus amigos e demais familiares. Só Saudades!”