Pastor da Igreja Deus é Amor é condenado a 33 anos de cadeia por pedofilia

Trinta e três anos, onze meses e 15 dias de prisão. Este é o tempo de cadeia a que foi condenado o pastor evangélico Arquimedio Alipe Coutinho, de 38 anos, por crimes de pedofilia cometidos em Acrelândia, cidade distante 100 quilômetros da Capital Rio Branco, em 2019. O pastor era o dirigente da Igreja “Deus é Amor” em Acrelândia. A direção da Igreja no Acre não se pronunciou sobre o assunto.

A sentença com a pesada condenação foi publicada no Diário da Justiça nesta quarta-feira (11). Foi assinada pela juíza Kamyla Accioli, ao acatar denúncia do Ministério Público do Estado do Acre (MPAC), através da promotoria de Justiça do município. O promotor de Justiça de Acrelândia, Júlio César de Medeiros, disse que vários promotores passaram pelo caso e que houve um trabalho de excelência por parte do MPAC, em parceria com a rede de proteção e as polícias Civil e Militar, que conseguiram prender o acusado em flagrante. “É importante destacar que a criminalidade só vai realmente diminuir em Acrelândia, com uma parceria e integração efetiva entre Ministério Público, Poder Judiciário, Polícia Civil e Polícia Militar. Nosso foco é a prevenção, mas para tanto, a repressão tem de ser efetiva. Afinal, o Direito sem sanção, é como um fogo que não queima”, afirmou o promotor.

Sobre o pastor, a sentença relata que ele seduzia as crianças, meninos e meninas, que acompanhavam seus pais ou responsáveis à casa de oração. A pretexto de orações especiais nas crianças, ele conseguia fiar só com elas, quando as bolinava. Houve pelo menos dois casos em que houve conjunção carnal com as crianças e por isso a sentença judicial foi tão dura.

Arquimedio Alipe Coutinho vai começar a cumprir a sentença em regime fechado e deve ser trazido para a penitenciária estadual “Francisco D’Oliveira Conde” (FOC), em Rio Branco. O sistema carcerário do Estado, através do Iapen (Instituto de Administração Penitenciária), vai ter que criar condições especiais para garantir a integridade física do pastor condenado porque os demais presos e sentenciados por outros crimes, nutrem ódio e desprezo por criminosos acusados de estupros e atos libidinosos com crianças e, não raro, tentam matá-los nas cadeias.

PUBLICIDADE