Pesquisador estuda Covid-19 no AC e diz porque devemos ficar em casa

O engenheiro agrônomo acreano, mestre e doutorando em Ciência Animal pela Universidade Federal do Acre (Ufac), Gerbson Maia, vem mostrando que a ciência tem um papel indispensável, se não o mais importante, no combate ao Covid-19, que é responsável pelo isolamento e pela morte de milhares de pessoas em todo o mundo, incluindo o Brasil.

Mesmo não sendo da área de saúde, Gerbson utilizou a estatística, mais especificamente o modelo epidêmico SIR, que é ideal para fazer a modelagem de algumas epidemias, para estudar o comportamento do vírus no Acre. O recurso matemático foi ajustado pelo pesquisador para trazer algumas expectativas com relação à contaminação no estado, considerando a população estimada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

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Gerbson é engenheiro agrônomo, cruzeirense e tem 26 anos/Foto: Arquivo pessoal

Maia chegou a conclusão de que ficar em casa é sim a melhor possibilidade de combater o vírus e evitar contaminações. Bem como, caso a orientação não seja seguida, o vírus deve alcançar uma quantidade assustadora de pessoas.

Dois panoramas foram destacados ao final da pesquisa. Um tem a ver com o “alto contato”, no caso de não cumprimento da orientação de isolamento social – chegando a conclusão de que o vírus tem um alto poder de contágio, mesmo com baixa letalidade; e o outro sobre “contato reduzido”, quando as mesmas orientações são seguidas. No segundo bloco, a contaminação não deixa de acontecer, por conta da propagação que já existe, mas em uma proporção bem menor, saindo de 60% para menos de 20%, na taxa de infectados, em menos de 20 dias de confinamento, aumentando o nível de pessoas recuperadas (também presentes na pesquisa). A porcentagem tem a ver com a quantidade de pessoas atingidas.

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As estimativas utilizam pessoas três categorias de pessoas nesse contexto: as saudáveis, as infectadas (doentes) e as recuperadas.

O tempo médio de recuperação considerado na pesquisa é de 15 dias. Se o tempo for inferior ou superior, as curvas devem sofrer alterações.

No trabalho, o estudante teve o apoio do matemático e professor da Ufac (Campus Floresta), Genivaldo Moreira, além de outros cientistas locais.

“Estudamos e discutimos muito para elaborar estes parâmetros. Os dados nos mostram que o comportamento do vírus no estado não é diferente de como se apresenta no restante do Brasil. Por isso, precisamos tomar todos os cuidados e continuar em isolamento”, explicou.

Gerbson acredita que esta é uma semana crítica, se tratando do pico de transmissão do vírus e, por isso, as medidas devem ser redobradas.

“É importante valorizarmos os trabalhos que estão sendo realizados nas universidades. A ciência tem um papel fundamental nesse combate. Estamos juntos pela Saúde, pela Educação, pela vida e pelo bem-estar de todos”, finalizou.

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