Saiba como é feito o exame para diagnosticar casos de coronavírus no Acre

O coronavírus já é realidade no Acre há quase duas semanas. Por aqui, pelo menos 25 pessoas já foram diagnosticadas com Covid-19. A maioria está em casa e passa bem. O estado desponta na frente da maioria das unidades da Amazônia Legal por possuir um laboratório próprio que analisa e depois confirma ou não o quadro nos suspeitos.

Implantado em 2016 para estudar e desenvolver tratamentos a pessoas com hepatites virais, o Centro de Infectologia Charles Mérieux já analisou 363 amostras para coronavírus no Acre, tendo descartado 65% delas. O restante ou foi confirmado ou ainda está em análise.

Mas como acontece a testagem? Primeiramente, as pessoas com suspeita de infecção por coronavírus passam por uma triagem na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do Segundo Distrito para saberem se devem ou não realizar o exame. Enfermeiros perguntam quais sintomas os pacientes sentem e qual a intensidade desses sinais.

Se considerarem necessário o exame, os profissionais de saúde encaminham os doentes para a sala de coleta. No local, eles têm fluídos nasais e salivais retirados com uma espécie de cotonete. O material é guardado em um recipiente plástico e depois encaminhado para o laboratório Charles Mérieux.

No Centro de Infectologia, os profissionais fazem, a partir do material coletado, uma busca minuciosa pelo material genético do Sars-Cov-2, nome técnico do vírus. O procedimento demora algumas horas para ser concluído.

Os resultados costumam ser comunicados 24h após a coleta na UPA, mas o tempo pode ser maior a depender da quantidade de exames na fila. Na quinta-feira (26), o centro informou que o prazo foi estendido para 48 horas.

Independente do resultado, a Vigilância Epidemiológica do município liga para o paciente para comunicar se ele é ou não portador do coronavírus, que já matou mais de 100 pessoas no Brasil e não fez nenhuma vítima fatal no Acre.

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