ContilNet Notícias

Viajante sem grana vai contar em livro experiências que viveu no Acre

Por LEANDRO CHAVES, DO CONTILNET

O Brasil é conhecido por suas dimensões continentais. Percorrer cada canto, região e estado demanda não apenas disposição, mas também dinheiro. E nada disso é problema para a publicitária Manoela Ramos, que, mesmo sem muita coisa no bolso, já viajou para 22 unidades da federação movida pela curiosidade de conhecer novos lugares e pessoas.

O Acre foi um dos destinos da cabofriense. Ela esteve por aqui no início de março por cerca de uma semana, passando pela capital Rio Branco e Cruzeiro do Sul. Suas experiências serão contadas em livro de memórias de viagens a ser escrito assim que ela finalizar o roteiro das visitas. Faltam apenas Rondônia, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Tocantins.

Cruzando rios na Amazônia / Foto: Cedida

Por conta da chegada do coronavírus ao Acre e a subida de casos no país, ela teve de voltar às pressas ao Rio de Janeiro e, com isso, adiar a conclusão do sonho. Seu passeio pelo Brasil será retomado assim que a pandemia for controlada.

“O coronavírus paralisou meu projeto e o mundo. Mas assim que passar esse momento difícil eu retorno. Fiquei muito preocupada de o negócio piorar e eu não conseguir voltar pra casa”, disse a jovem de 26 anos.

Manoela já tem dois livros escritos a partir de suas caminhadas. “Confissões de Viajante (sem grana)” e “Em Busca do Norte” foram editados, produzidos, lançados, divulgados e vendidos de forma totalmente independente, sem intervenção de editoras. “Eu que faço tudo”, afirma.

Manoela se desloca por meio de caronas / Foto: Cedida

E é com o dinheiro obtido da venda dessas obras, mais a ajuda de amigos feitos pelo caminho, que a escritora custeia suas viagens. No Acre, não foi diferente. Por meio de um aplicativo que conecta pessoas dispostas a receber viajantes, ela fez amizade com uma acreana que facilitou o acesso da cabofriense ao estado, permitindo que a viajante chegasse até o rio Crôa, no Juruá.

A jovem elogiou a receptividade do povo do Acre. “Vocês me receberam super bem e me fizeram me sentir em casa, mesmo com esse surto de coronavírus no Brasil e eu sendo uma pessoa que tinha acabado de chegar de fora. Ninguém teve medo. Percebi que vocês são um povo bem acolhedor e que têm respeito pelas pessoas”, lembrou a jovem.

“Fui ao Acre conhecer o estado sem ter noção do que encontraria. Queria conhecer a natureza do lugar, as pessoas, a história viva e me surpreender com o que encontraria. Além disso, fui divulgar meus livros e fazer minha mensagem chegar nos lugares. O Acre é uma terra com uma energia boa e poderosa e com um povo bem diversificado, onde as questões indígenas são bem reais. Foi uma troca muito boa”, finaliza.

Sair da versão mobile