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Coronavírus não deve impactar venda de chocolates mercados da capital

Por LEANDRO CHAVES, DO CONTILNET

Em Rio Branco, o isolamento social como principal medida de contenção da pandemia de coronavírus não vai impactar significativamente a venda de ovos de páscoa nos supermercados, que são, tradicionalmente, os maiores comercializadores desses produtos. A conclusão é da Federação do Comércio de Bens, Serviços Turismo do Acre (Fecomércio/AC).

A perspectiva vai na contramão das projeções nacionais da Confederação do Comércio (CNC), que fala em queda histórica de 31,6% em relação ao ano passado. Por aqui, espera-se que o comércio varejista venda 76% de todo seu estoque de ovos de páscoa. Os números locais são otimistas, segundo o assessor técnico da Fecomércio/AC, Egídio Garó.

Isso se deve, principalmente, ao normal funcionamento dos supermercados durante o isolamento social decretado pelo governo no início da epidemia, que já infectou pelo menos 50 pessoas no Acre, matando duas delas. Os acreanos não deixaram de fazer suas compras nesses estabelecimentos e, por isso, a venda de chocolates não seria prejudicada.

“Até o momento, a perspectiva que nós temos no Acre, por conta das suas dimensões, sua localização geográfica, é que esse consumo não seja tal qual o dos anos anteriores, mas ele seja um consumo otimista”, afirma Garó.

Maior rede de supermercados do Acre, o Araújo tem confirmado as projeções positivas. As vendas de ovos de páscoa em 2020 subiram cerca de 20% em relação ao mesmo período de 2019, segundo o departamento de compras da empresa.

O chefe do setor, Rui Arruda, explica que o fechamento de algumas lojas que vendiam o chocolate, entre elas as do Via Verde Shopping, pode ter contribuído para esse crescimento. Muitos estabelecimentos tiveram de fechar suas portas temporariamente em obediência a um decreto publicado pelo governo do Acre para desestimular as pessoas a saírem de casa.

Outro ponto que deve ter ajudado o aumento prematuro das vendas pode ter sido a preocupação com aglomerações de pessoas que deixaram para comprar em cima da hora.

Alternativa

Mercado informal de chocolate espera mais encomendas em tempos de pandemia

Mas há quem prefira não correr os riscos de enfrentar possíveis longas filas nos supermercados. Pensando nesses consumidores, pequenos empreendedores têm anunciado nas, redes sociais, negócios voltados para ovos de páscoa caseiros, ovos de colher e chocolates em geral. Alguns garantem entrega segura, com o mínimo de interação possível.

Bia Melo é uma delas. A empreendedora atua no ramo desde 2018 e, pela primeira vez, terá entregas feitas com uso de luvas, máscaras e pouco contato. A ideia é garantir que os clientes mais cuidadosos se sintam seguros em tempos de pandemia.

Suas vendas ainda não bateram as do ano passado, mas ela afirma que as encomendas normalmente começam a subir próximas à véspera da Páscoa. “Quando chegar o sábado certamente haverá boa demanda e vamos trabalhar muito para atender nossos pedidos”.

Mayara Bráz é o tipo de consumidora mais cautelosa que vai optar pelos chocolates caseiros. “Se precisasse ir a supermercados ou lojas para comprar ovos de páscoa eu certamente não compraria”.

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