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Dedé Santana faz apelo emocionante: ‘O circo precisa de ajuda’

Por O FUXICO

Hoje tem espetáculo? Não, não senhor. Com a determinação de isolamento social, por parte da OMS (Organização Mundial da Saúde), por conta da pandemia do coronavírus, muita gente está preocupada não só com o contágio da doença, mas também com o sustento de suas famílias.

E isso vem acontecendo também com os artistas de Circo. Com apresentações suspensas em todos os cantos do país, os trabalhadores necessitam de ajuda, pois segundo OFuxico apurou com o humorista Marcelo Beny, mais conhecido como Bananinha, do Comando Maluco, existem muitas taxas e muitas famílias envolvidas.

“O Circo, quando chega em uma cidade, precisa bancar taxa de luz, água, bombeiro, pedágio e combustível, para se locomover de uma cidade a outra, entre tantas outros gastos para se apresentar ao grande público. Então, precisamos da ajuda dos governos e autoridades, que precisam olhar um pouco para o povo do circo”, contou Beny a OFuxico.

“Tem prefeitos que mandam o Circo sair da cidade, outros apenas mandam parar por causa do coronavírus e todos os artistas circenses entendem o momento, respeitam e se resguardam com suas famílias. Mas o que acontece é uma grande tragédia para os donos e os artistas de Circo, que tiram seus sustentos das bilheterias de cada apresentação e todos estão parados para evitar o contágio da COVID-19. Eles precisam de ajuda para sobreviver.”

Marcelo Beny citou o fato de o Circo não ter o devido reconhecimento pelos governos como um evento e trabalho cultural.

Dedé Santana faz apelo emocionante: ‘O Circo precisa de ajuda’ - Reprodução/YouTube

Foto: reprodução

“Não tem muito reconhecimento do governo como cultura. Quando se fala em cultura, na prática, raramente citam o Circo. E este, além de levar alegria e entretenimento às pessoas, a cada 15 dias tem que pagar seu orçamento para mudar de uma cidade a outra e, muitos terrenos são particulares e o circo tem que se bancar sozinho.”
Sobre uma perspectiva de como estará o Circo e seus trabalhadores, quando a COVID-19 for controlada, Beny ainda não sabe como será.
“Eu penso que, quando as coisas voltarem ao normal, o Circo será o último a conseguir retomar sua ‘estabilidade’. Por isso, peço que as cidades que vão receber a lona, que facilitem para os circos após essa crise toda”.

Dedé Santana: o menino do Circo

O Fuxico conversou com Dedé Santana, o Embaixador do circo no Brasil. Ator e humorista que nasceu no circo e já fez muita gente rir e se emocionar com seu trabalho no grupo Os Trapalhões – que estreou já fazendo sucesso em meados de 1960, onde dividia esquetes com Renato Aragão e os saudosos Mussum e Zacarias -, Dedé fez um apelo emocionante às prefeituras e secretarias de cultura, buscando até mesmo cestas básicas para ajudar os artistas circenses.

“Estou fazendo uma grande campanha, falando com prefeituras, secretarias de cultura, de várias cidades, porque o Circo precisa de ajuda. Tenho recebido um bom retorno de todos, graças a Deus, mas há muitos precisando. Os circenses trabalham hoje para comer amanhã. Não tem como pagar tudo o que necessita, no Circo existem muitas famílias e crianças que dependem do trabalho dos pais por lá. Peço, não só para o circo, mas também para os parques do Brasil, que necessitam dessa ajuda, principalmente neste duro momento que enfrentamos. Agradeço toda a ajuda e a nossa conversa, OFuxico, como artista circense que sou.”

A mãe das artes
“O circo é a mãe de todas as artes. Nasci na lona do circo. Sou artista de barra, trapézio, globo da morte, tudo. Cresci fazendo Circo. Neste momento, queria pedir que parem de cobrar o terreno, ajudem com cestas básicas. Façam isso por mim, que já fiz você rir e se divertir muito, junto com meus irmãos de circo.”
Confira o vídeo gravado por Dedé Santana!

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