Dos 22 peruanos vindos de São Paulo na tarde do último Sábado, 04 testaram positivo para o novo coronavírus mediante prova rápida. O testes foram realizados em Iñapari, cidade peruana que faz fronteira com Assis Brasil.
De acordo com informações, os estrangeiros permanecem em quarentena do lado peruano da ponte da Integração e em uma semana será feito novamente o teste rápido nos outros 18 que testaram negativo, tendo em vista que quando a doença está nos primeiros dias, é possível que os testes resultem em um falso negativo. Ou seja, que é provável que mais deles resulte em positivo, uma vez que andavam em comitiva.
Leia a matéria abaixo e entenda o caso:
Na tarde deste Sábado, 25, chegou na cidade de Assis Brasil, fronteira com o Perú, um ônibus cheio de peruanos vindos de São Paulo. Ao todo são 22 pessoas dentre homens, mulheres, crianças e também uma idosa.
De acordo com informações a grande maioria é residente da cidade de Lima, Capital do Perú.
O grupo informou que passou pela barreira sanitária dos municípios do Alto Acre, localizada na entrada de Xapurí, aonde todos apresentaram os documentos, fizeram triagem e foram liberados para seguir viagem.
Ao chegarem na Alfândega, os estrangeiros confirmaram que vinham fazendo triagem e se resguardando, conforme prevê as normas de enfrentamento ao coronavírus e que iriam entrar no Perú, nisto preencheram o documento de saída do Brasil para poder dar entrada no país de origem.
Mas ao chegarem na ponte, as autoridades policiais vizinhas não permitiram a entrada dos cidadãos. Em caráter irredutível, os policiais informaram que a repatriação dos cidadãos peruanos só será feita depois que a equipe médica do país fizer os devidos testes para covid-19.
Sentindo-se revoltado e indignado o líder do grupo xingou os policiais peruanos e desesperado começou a chorar, porque segundo ele, entendia que seu país não estava lhes dando o tratamento adequado e que além disso estavam sem dinheiro porque permaneceram muito tempo em São Paulo por isso precisavam retornar a seu país.
O Prefeito de Assis Brasil, Antônio Barbosa de Souza, que acompanhava o caso, disse sentir que mais uma vez queriam que Assis Brasil acolhesse os estrangeiros, mas vendo a situação do município, teve que colocar o pé na parede e não acolher porque não tem mais suporte para fazê-lo. “Não temos mais colchões e não temos mais recursos para manter tanta gente em Assis Brasil. Ao todo já temos 265 haitianos para os quais temos que dar estadia, café almoço e janta todos os dias, então não temos condições de acolher mais 22 estrangeiros. A situação está muito complicada e inclusive já estou dando um ultimato para os haitianos porque não dá mais para mantê-los,” disse.
Ao final o exército peruano os acolheu e montou tendas na ponte para que os peruanos permanecessem em quarentena até a realização dos exames.