O ex-subcomandante do Corpo de Bombeiros do Acre, coronel Cleyton de Oliveira Almeida, foi preso neste domingo (12), em Porto Velho (RO), após quebrar medida protetiva contra sua ex-companheira. Segundo a vítima, ele invadiu o apartamento onde e a ex-mulher mora e a agrediu, mesmo sabendo que deveria manter distância em obediência à decisão judicial.
Em fevereiro de 2020, Cleyton havia sido condenado, no Acre, a 1 ano e 20 dias de prisão, em regime aberto, por lesões físicas e psicológicas contra a ex-mulher, que já moveu cerca de 15 processos contra o militar nos últimos três anos – seis ainda aguardam julgamento.
A sentença, proferida pela juíza Shirlei Hage, da Vara de Proteção à Mulher da Comarca de Rio Branco, entrou para história como a primeira condenação por violência psicológica no estado. Em 2018, o homem já havia sido preso por agressão à mesma vítima.
Desta vez, ele foi detido pela polícia na rodoviária da capital rondoniense. Nesta segunda-feira (13), a mulher foi até o IML da cidade fazer exame de corpo de delito em decorrência do último contato que teve com o bombeiro, que também foi condenado a pagar R$ 5 mil à ex-companheira como reparação aos danos causados pelas práticas violentas.
A mulher conta que se mudou para Porto Velho para fugir do ex-marido, mas sem sucesso. Em uma das vezes em que voltou a Rio Branco, ela teria sido perseguida pelo militar, que teria feito uso de recursos tecnológicos do Corpo de Bombeiros para clonar seu celular.
Na época das primeiras denúncias, em 2018, Cleyton informou que pediria desligamento do Corpo de Bombeiros, mas não acabou não deixando a corporação e até o momento não sofreu punições no âmbito militar. Ele chegou a pilotar o helicóptero do estado, Comandante João Donato, hoje em desuso. Mais tarde, passou a exercer a função de ajudante-geral do Comando.