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Mais jovem a morrer por Covid-19 no Rio, estudante sonhava em ser médica

Por EXTRA

O coronavírus fez, na terça-feira, a vitima mais nova no Estado do Rio. Kamilly Ribeiro, de 17 anos, morreu após ficar 20 dias internada na UTI do Hospital Moacir do Carmo, em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense. Ela foi testada ainda em março, mas o resultado demorou nove dias para ser concluído.

A adolescente não tinha doenças preexistentes e deu entrada no hospital com sua mãe. Kamilly foi levada para o CTI no mesmo dia. Sua mãe, que também testou positivo, já se recuperou. As redes sociais da jovem foram inundadas de depoimentos de amigos e parentes. Neles, eles contam que Kamilly sonhava virar médica.

Uma amiga de Kamilly contou que poucos dias antes de ser diagnosticada ela pediu para os amigos e familaires respeitarem o isolamento social:

— Na última vez que nos encontramos ela comentou que estava se preparando para tentar fazer medicina. Minha ficha ainda não caiu com sonhos interrompidos por um vírus. Ela ainda postou pedindo para todo mundo ficar em casa. Ela era uma menina ótima— contou Juliana Oliveira.

Kamilly estudava no Colégio Estadual Barão de Mauá, em Xerém. Estudiosa e religiosa, iria tentar fazer a prova do Enem este ano para uma faculdade de Medicina. Amigos de Kamilly ainda contaram que a meta dela era estudar em Petrópolis, pois o caminho de casa até a faculdade seria menos perigoso. Após ser diagnosticada, ela chegou a mandar uma mensagem para uma amiga pedindo que orassem por ela.

Caxias foi uma das últimas cidades da Baixada a tomar medidas de isolamento social. O cenário de vias e estabelecimentos cheios durante o início da pandemia chamou a atenção por dias, apesar de o profeito Washington Reis, na época, afirmar ter rondas para conter esse comportamento. A cidade já tem 121 casos confirmados e 20 óbitos. Reis também contraiu a doença e foi transferido ontem para a UTI do Hospital Pró-Cardíaco, em Botafogo.

Pelo segundo dia consecutivo, a cidade do Rio registrou o maior número de mortes em 24h por coronavírus desde o início da pandemia: 27. Agora são 167 mortes somente na cidade, sendo 52 na rede municipal de saúde. Copacabana é o bairro com mais óbitos, porém a Zona Oeste começa aparecer nesta triste estatística. Campo Grande divide com a Tijuca o segundo maior números de mortes, 9 cada, mas é apenas o sétimo com mais casos.

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