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Presidente da Associação dos Ministros Evangélicos defende reabertura de igrejas no Acre

Por LEANDRO CHAVES, DO CONTILNET

Contrariando as recomendações de isolamento social para evitar a propagação do coronavírus, o presidente da Associação dos Ministros Evangélicos do Acre (Ameacre), pastor Paulo Machado, defende a reabertura imediata das igrejas protestantes no estado e o retorno dos fieis aos templos.

Na quinta-feira (23), ele se reuniu por videoconferência com o governador Gladson Cameli (Progressistas) e o secretário de Saúde Alysson Bestene e argumentou sobre sua posição. O cristão acredita que é seguro limitar em 30% o acesso do público às celebrações e afirma que se não houvesse garantias de segurança ele seria responsabilizado caso algum membro fosse contaminado.

“A flexibilização se faz necessária com toda cautela”, disse. “Com o decreto, as igrejas se adequaram e começaram a fazer os cultos por meio de transmissões na internet”, lembrou.

A determinação do governo do estado é para que templos de todas as denominações religiosas permaneçam fechados até o dia 31 de maio para evitar aglomerações. O Acre já está na fase de transmissão comunitária do coronavírus, quando o microrganismo circula sem controle e não é mais possível saber onde e nem quando acontecem as transmissões.

Até o momento, já são 279 infectados pelo novo vírus. Onze perderam a vida para a covid-19. No entanto, o médico infectologista e professor da Universidade Federal do Acre (Ufac), Thor Dantas, afirmou, nesta semana, que o número real de casos pode estar entre 600 e 800, uma vez que a maioria dos infectados não manifesta sintomas ou possui apenas sinais fracos da doença.

Na reunião, o governador ressaltou sua preocupação com o crescente número de novos casos e óbitos decorrentes do coronavírus. “O momento que estamos passando é gravíssimo e a minha maior preocupação é salvar vidas. Peço compreensão para que possamos tomar a melhor decisão. Este momento está servindo para que a humanidade possa fazer uma grande reflexão”.

O diretor-executivo da Ameacre, pastor Reginaldo Ferreira da Silva, esclarece à reportagem que o colega fez sua colocação “com a melhor das intenções”. Para ele, a reabertura das igrejas proposta por Machado não seria para a realização de cultos, mas sim de trabalhos sociais.

“Pessoas têm passado necessidades e para ajudarmos precisamos de ação humana coordenada. É preciso pensar o que fazer para ajudar as comunidades. A igreja tem consciência das recomendações sanitárias e que os cultos não são adequados no momento. Somos solidários à comunidade como um todo, inclusive com os empresários. Não dá pra termos igrejas funcionando enquanto o comércio está fechado, por exemplo”.

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