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Psicóloga no Acre explica como manter a saúde mental no período de isolamento

Por EVERTON DAMASCENO, DO CONTILNET

Nossa preocupação não deve ser dirigida apenas para a nossa saúde física neste momento de isolamento social em combate ao coronavírus no Acre. A dimensão psicológica é também parte de nós e precisa de atenção e um cuidado especial.

Neste sentido, para dar algumas sugestões sobre “Como cuidar da Saúde Mental nesta pandemia”, a psicóloga e psicoterapeuta Kahuana Leite foi a convidada do ContilNet desta semana.

Kahuana é psicologa e psicoterapeuta/Foto: Reprodução

Na ocasião, a profissional abordou questões como “bombardeio de informações”, comunicação sobre os fatos com crianças dentro de casa, surgimento de sintomas, etc.

Além de questões mais voltadas para os aspectos da nossa relação com o isolamento social, a psicóloga também enfatizou que neste momento se faz necessário um enfrentamento de comportamentos violentos contra mulheres, crianças e idosos, que são mais vulneráveis.

“Acho pertinente destacar que nesse período muitas pessoas, principalmente, mulheres e crianças se encontram mais vulneráveis ao cenário de violência no ambiente familiar. Ao perceber na sua casa ou em sua vizinhança sinais de violência, liguemos aos canais de denúncia disponibilizados”, pontuou.

Confira: 

  1. Evite o bombardeio de informações: as notícias estão por todos os lados, estamos lotadas/os de informações, o fluxo constante de notícias mobiliza estresse e preocupações. Eleja um ou dois horários ao dia para acessar fontes seguras e confiáveis, consultar fontes que possuem fidedignidade nos dados, entrar em contato com fatos, pode possibilitar uma sensação de maior segurança. Os fatos científicos ajudam a minimizar medos, nutra-se de informações confiáveis.
  2. Mantenha o contato com seus amigos e familiares de forma virtual: faça vídeo chamadas, ligações. O contato com os outros é o que nos faz seres humanos, a criação de vínculos é o que nos torna pertencentes à uma comunidade. Claro, observe como você se sente e selecione os contatos que são saudáveis para você nesse período.
  3. Construa (com base em suas possibilidades) uma rotina saudável dentro do seu lar: realize atividades físicas, cozinhe, leia, assista filmes e séries, ligue para suas/seus amigas/os, essas são algumas sugestões. É importante que essa rotina seja flexível e que você perceba o que é compatível com as suas necessidades nesse momento, e não se torne mais uma demanda por produtividade e mobilizadora de ansiedade.
  4. Para quem possui filhos/as, diga claramente e de forma adequada à idade deles/as o que está acontecendo: as crianças se sentem aliviadas se puderem perceber que estão em um ambiente seguro e confiável. Inclua na rotina atividades lúdicas e pedagógicas, incentive-os a continuarem brincando e socializando nesse período de isolamento.
  5. Amplie histórias uteis e positivas: muitos cientistas ao redor do mundo estão trabalhando para construir formas de tratamento para o Covid-19. Trazer esses fatos, não é negligenciar o estado da Pandemia, mas perceber e valorizar a ciência como meio possível de nos mantermos seguros.
  6. Ao perceber sintomas acentuados e prejuízos significativos em sua saúde mental, procure ajuda profissional especializada. Nesse período de Pandemia, muitos profissionais de Psicologia e Psiquiatria passaram a atender de forma online, entre em contato com um de sua confiança. Vale destacar que o Centro de Valorização à Vida, disponibiliza escuta e acolhimento de forma gratuita através de telefonemas, está funcionando durante todo esse período, das 8h às 12h e das 14h às 18h, disque 188.
  7. Essas são algumas sugestões, acho pertinente destacar que nesse período muitas pessoas, principalmente, mulheres e crianças se encontram mais vulneráveis ao cenário de violência no ambiente familiar. Ao perceber na sua casa ou em sua vizinhança sinais de violência, liguemos aos canais de denúncia disponibilizados, como: 180, 190 ou (68) 3224-6496 (Delegacia Especializada de Atendimento a Mulher – DEAM).
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