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Vacina contra coronavírus é testada com sucesso em macacos, diz laboratório

Por ESTADÃO

Um trabalhador de laboratório é visto no Departamento de Diagnóstico Laboratorial, que realiza testes de diagnóstico de coronavírus no Centro Wielkopolska de Pneumologia e Cirurgia Torácica em Poznan, Polônia em 3 de março de 2020. Foto tirada em 3 de março de 2020.

Cientistas chineses relataram ter conseguido proteger um grupo de macacos ratos e camundongos da infecção pelo novo coronavírus em um experimento de vacina. O trabalho foi publicado em um repositório de artigos científicos, mas ainda não foi revisado por outros acadêmicos. Especialistas ponderam que o número de animais testados ainda é pequeno para resultados significativos.

O trabalho é conduzido pela farmacêutica chinesa Sinovac Biotech. Segundo o relato, o imunizante, feito com versão quimicamente inativa do vírus, não causou efeitos colaterais evidentes em macacos da espécie Rhesus. A equipe criou uma vacina que introduziu anticorpos neutralizantes específicos para o SARS-CoV-2. Esses anticorpos neutralizaram dez cepas representativas do vírus.

Os cientistas argumentam que isso aponta para uma possível capacidade de maior neutralização do vírus contra cepas circulantes por todo o mundo. A imunização com duas doses diferentes proporcionou uma proteção parcial ou completa a macacos. Uma observação dos sinais clínicos, do índice hematológico e bioquímico e análise histopatológica em animais sugerem que a vacina é segura.

A seção de notícias da revista Science repercute o artigo e explica que os experimentos foram realizados com oito macacos, que receberam as duas doses diferentes. Após três semanas, os pesquisadores introduziram o SARS-CoV-2 nos pulmões do macaco por meio de tubos nas traqueias e nenhum desenvolveu a infecção.

Os macacos que receberam a dose mais alta da vacina em teste tiveram melhor resposta: uma semana após receber o vírus pelos animais, nada foi detectado na faringe ou nos pulmões de qualquer um deles. Alguns dos animais que receberam a dose mais baixa tiveram recuperação na carga viral, mas eles também poderiam controlar a infecção. O teste em humanos começou no dia 16. Para especialistas, o desenvolvimento de uma vacina para covid ainda deve levar ao menos mais um ano.

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