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Masturbação entra na lista de ‘receitas’ inusitadas para conter o coronavírus

Por O TEMPO

Com mais de 41 mil mortes e mais de 840 mil casos confirmados do novo coronavírus pelo mundo até esta terça-feira (31), a conduta das lideranças de alguns países para conter o avanço da Covid-19 pode ser considerada, no mínimo, inusitada. Em alguns casos, irresponsável.

Na Colômbia, o Ministério da Saúde e Proteção Social preparou um documento com orientações sobre formas consideradas seguras de manter relações sexuais durante o período de isolamento social.

O “ABC sobre as relações sexuais e a doença por coronavírus (Covid-19)” não recomenda, por exemplo, as práticas de sexo anal. A possibilidade de contato com as fezes de pessoas infectadas que, explica o documento, também contêm o coronavírus, aumenta as chances de contaminação.

Práticas mais convencionais estão liberadas com o uso de preservativos, desde que seja reduzido ao máximo o número de parceiros. Quem tem parceiros múltiplos ou “ganha a vida tendo relações sexuais” deve, segundo o documento, considerar adiar os encontros ou optar pelas relações virtuais.

Como alternativa, o ministério colombiano sugere a masturbação. “Você é o seu parceiro sexual mais seguro, e esta é uma forma de obter prazer sexual que não implica contato direto com outras pessoas. Se utilizar brinquedos sexuais, assegure-se de lavá-los com água e sabão.”

A Colômbia registra, até esta terça (31), 906 casos e 16 mortes por coronavírus, de acordo com dados compilados pela Universidade Johns Hopkins.

Já o ditador do Turcomenistão, Gurbanguly Berdymukhamedov, anunciou nesta terça o banimento da palavra “coronavírus”, tanto em publicações oficiais quanto no pouco que resta da imprensa independente no país.

A proibição vale também para conversas informais. A polícia pode prender, por exemplo, qualquer pessoa que use a palavra em algum local público, mesmo que seja apenas durante uma conversa com amigos.

No comando do país desde 2007, Berdymukhamedov é conhecido por suas excentricidades e por ter feito do Turcomenistão um dos regimes mais fechados do planeta.

O país é o último colocado no ranking de liberdade de imprensa feito pela ONG Repórteres Sem Fronteiras e o penúltimo no ranking de liberdade global feito pela Freedom House, entidade com sede em Washington.

O Turcomenistão faz fronteira com o Irã, o sétimo país com o maior número de casos de Covid-19 no mundo. Berdymukhamedov diz que não há nenhum caso confirmado de coronavírus no país, mas ninguém sabe ao certo se os dados oficiais são verdadeiros.

Em Belarus, no Leste Europeu, o líder do país tem minimizado os riscos da doença. “É apenas mais uma psicose, que beneficiará algumas pessoas e prejudicará outras. O mundo civilizado está pirando. É uma completa estupidez fechar as fronteiras. O pânico pode nos machucar mais do que o vírus em si”, declarou, além de ter afirmado que beber vodka, lavar as mãos com a bebida e tomar suna sejam medidas eficazes contra o vírus.

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