“Se o Governo Estadual autorizasse as academias acreanas a funcionarem, elas estariam prontas a atender os alunos?” É com esse questionamento que um grupo de 18 academias de Rio Branco tem se articulado para organizar seus ambientes para garantir a segurança aos usuários quando puderem reabrir as portas.
Entre as medidas adotadas está o distanciamento entre aparelhos, a sinalização de uso correto do ponto de vista da higiene, o reforço nos itens de limpeza, como o álcool, a desinfecção completa e constante das máquinas e tapetes, além da proteção individual de todos os colaboradores.
De acordo com o proprietário da Start Full Academia, Paulo Henrique, há uma grande preocupação dos empreendimentos em garantir a saúde dos usuários mesmo após a flexibilização das medidas de segurança do poder público.
“Estamos nos organizando para deixar tudo seguro, porque não adianta o governador liberar amanhã, por exemplo, e as academias não estarem devidamente preparadas para receber os alunos”, comenta.
Ele esclareceu que não existe um movimento para pressionar o governo pela reabertura dos espaços ou de desobediência aos decretos sanitários. “Nenhuma academia está determinada a isso. A ideia não é peitar o estado. Estamos apenas organizando os ambientes”, garantiu.
O empresário reforça que o objetivo é ser um modelo de organização para quando o governo liberar o funcionamento. “Os supermercados se organizaram, e isso é legal. Da mesma forma que eles tomaram suas medidas e estão operando, nós podemos fazer a mesma coisa mais pra frente, porque nós nos preparamos, fizemos tudo aquilo que era necessário e estaríamos aptos a reabrir quando nos for permitido”.
Embora tenham sido classificadas pelo presidente Jair Bolsonaro como serviços essenciais – e, por isso, ganhado o direito de voltar a funcionar -, as academias permanecem de portas fechadas no Acre por determinação do governo local. A medida tem o respaldo do Ministério Público.