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Controle da vida financeira no isolamento social: a importância dos canais digitais

Por SÁVIO SUSIN*

Em tempos de isolamento social como medida para conter a propagação do novo coronavirus, uma das principais preocupações é o controle das finanças. Mas como manter as finanças em dia sabendo que o acesso a agência física está limitado? O cenário atual, mesmo que desafiador, tem ajudado instituições financeiras a impulsionar seus canais digitais e estimulado a população a usar cada vez mais aplicativos e o Internet Banking como alternativas.

Neste momento em que a recomendação dos órgãos de saúde é evitar sair de casa, muita gente que ainda não tinha o hábito de acessar a sua conta em uma cooperativa de crédito ou banco pelo celular, computador ou tablet está descobrindo as vantagens dessas plataformas, tendo experiências positivas e entrando de uma vez por todas na nova era do sistema financeiro.

A alta na procura por serviços digitais, além de levar mais praticidade para o dia a dia do consumidor, certamente impactará positivamenteA alta na procura por serviços digitais, além de levar mais praticidade para o dia a dia do consumidor, certamente impactará positivamente na revolução do mercado. No Sicredi, por exemplo, os canais digitais registraram alguns recordes na primeira quinzena de abril, período que coincide com a recomendação de distanciamento social. Somente no dia 13, mais de 842 mil associados acessaram o aplicativo da instituição, transacionando mais de R$ 2,2 bilhões, o que representa recorde nos dois indicadores. Além disso, registramos no período uma média diária de novos cadastros superior à 1,4 mil, quase o triplo da média habitual.

Pelos canais digitais da instituição financeira cooperativa já é possível ter acesso a uma série de serviços digitais, dos mais simples, como pagar uma conta, contratar crédito, receber e transferir valores e consultar saldos e extratos, aos mais robustos, como aplicações em fundos de investimento, por exemplo.

Para estimular o uso de suas plataformas remotas, o Sicredi também investe em ações que vão além dos serviços convencionais. Recentemente, a instituição lançou o Sicredi Conecta, um aplicativo que promove negócios on-line entre os associados, um tipo de marketplace onde é possível anunciar e vender produtos e serviços. Mais de dois mil usuários aderiram ao aplicativo desde a última semana de março, e a iniciativa tem sido uma boa alternativa para empresas e empreendedores manterem suas operações.

Além de evitar aglomeração de pessoas e diminuir a circulação de moeda em espécie, esse tipo de experiência digital, neste momento, contribui para que os consumidores compreendam a relevância dos canais digitais e, ao mesmo tempo, desafia as instituições a investirem cada vez mais em ferramentas que possam “descomplicar” a nossa relação com as finanças, além de nos proporcionar segurança, praticidade e agilidade.

Certamente esse movimento terá impacto em dados como os da última pesquisa sobre tecnologia bancária da Federação Brasileira de Bancos (FEBRABAN), feita em 2018, e que revelou que seis em cada 10 transações bancárias no país já são feitas fora das agências físicas, ou seja, por meio dos canais digitais.

É importante ressaltar que essa nova era do sistema financeiro, onde cada vez mais as operações bancárias são feitas sem sair de casa, não eliminará o contato físico. O que vemos como tendência são as agências cada vez mais como um espaço de relacionamento, mas a proximidade que só o contato humano permite nunca será substituída. As ferramentas tecnológicas servem para complementar a experiência, gerando mais conveniência para quem utiliza.

Sávio Susin é superintendente de fluxo de caixa e canais de atendimento do Sicredi

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