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Crise: Acre terá o pior mês de maio em arrecadação de impostos em três anos

Por LEANDRO CHAVES, DO CONTILNET

Calçadão da Gameleira. Foto: Reprodução

A crise do coronavírus fará com que o Acre tenha o pior mês de maio em arrecadação de impostos federais, estaduais e municipais em três anos. Segundo projeção do Impostômetro, medidor estatístico de tributos pagos pelos contribuintes em todo o Brasil, o poder público vai abocanhar dos acreanos, nesse período, R$ 267 milhões.

O numero é 15% menor que o arrecadado em maio do ano passado (R$ 313 milhões) e 6% inferior ao mesmo período de 2018 (R$ 285 milhões).

Será, também, o pior recolhimento do ano. Em janeiro, antes da pandemia, o Estado abocanhou R$ 365 milhões. No mês seguinte, que teve somente 29 dias e o feriadão de Carnaval, a arrecadação foi de R$ 269 milhões.

O coronavírus deu as caras no Acre em meados de março e provocou, naquele mês, os maiores índices de isolamento social observados até agora, fazendo com que o recolhimento de impostos fosse igual ao de fevereiro.

Já em abril, mesmo com a pandemia, muitos acreanos relaxaram o distanciamento e o Estado registrou R$ 306 milhões em tributos. Com o agravamento da epidemia em maio, a proporção de acreanos que se isolaram cresceu em relação ao mês anterior, segundo dados do InLoco.

Entre os impostos federais pagos pela população estão Cide, Cofins, CPMF, CSLL, FGTS, Fundaf, IE, II, IOF, IPI, IR, ITR, PIS/Pasep, Previdência, taxas e outros.

Os impostos estaduais captados pelos governadores reúnem ICMS, IPVA, IR, ITCMD, Previdência, taxas e outros. Já o Município recolhe IPTU, ISS, ITBI, taxas e outros.

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Comércio teve de fechar as portas para desestimular aglomerações / Foto: Cedida

Cai faturamento do comércio e serviços

Entre os dias 24 de março e 27 de abril, o faturamento do varejo e do setor de serviços despencou 43% na capital e pode explicar as quedas nos recolhimentos de tributos.

O dado foi mapeado pelo Índice Cielo do Varejo Ampliado (ICVA) e é uma comparação com os 30 dias anteriores ao período analisado.

No ranking das capitais, Rio Branco ocupa a 7ª posição entre as que mais sofreram retração no comércio e serviços. São Paulo encabeça a lista, com 59% de perda, seguida por Goiânia (56%). Já Boa Vista (30%), Campo Grande (31%) e Porto Velho (31%) são as cidades que menos amargaram queda na receita dos dois setores.

Em todo o Acre, o faturamento caiu 37%, isso porque a pandemia começou a avançar pelo interior apenas nas últimas semanas. No ranking estadual, o Acre ocupa a 10ª colocação, empatado com o Alagoas.

A tabela da crise do comércio e serviços é liderada pelo Amazonas (49%), São Paulo (48%) e Ceará (47%), as unidades mais atingidas pelo coronavírus. Os estados que estão em situação menos grave são Tocantins (17%), Mato Grosso (20%)e Pará (20%).

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