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Frio no Acre pode colaborar na disseminação de covid-19, dizem especialistas

Por TON LINDOSO, DO CONTILNET

Não é só o Acre que registra a chegada de frente fria. Em vários lugares do país, os termômetros marcam temperaturas abaixo do habitual – alguns lugares até com grandes pancadas de chuvas registradas. O problema é que o surto de coronavírus chegou ao Brasil justamente na aproximação do inverno e especialistas afirma que isso pode piorar a disseminação do vírus. “Nunca há um bom momento para o coronavírus chegar. Mas este não é um bom momento”, disse Maria da Glória Teixeira, epidemiologista da Universidade Federal da Bahia.

Com doenças respiratórias como gripes e resfriados, os cientistas pensam que o ar frio causa irritação nasal e das vias aéreas, que torna as pessoas mais suscetíveis à infecção. Um estudo do Instituto de Medicina Tropical da Universidade de São Paulo sobre o surto de gripe suína de 2009 confirmou a maior incidência de infecções nos três estados mais frios e meridionais do Brasil. Em 2006, uma pesquisa descobriu que as mortes por pneumonia e influenza atingem o pico nos estados do sul do Brasil durante o inverno.

Além das questões de temperatura, regiões como o Norte enfrentam problemas sociais. “Os problemas sociais entre as populações mais pobres são uma variável que sempre piora as epidemias”, disse Maria.

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