Médico diz que queimadas no Acre durante pandemia pode ser catastrófico

Não é apenas o coronavírus que preocupa os profissionais de saúde do Acre e a maior parte da população neste momento de pandemia. O que também pode colaborar para a superlotação dos leitos de hospitais são as doenças respiratórias causadas pelo alto índice de queimadas registradas pelo Corpo de Bombeiros e pela Defesa Civil, em Rio Branco.

Bombeiros atenderam 374 ocorrências de queimadas no final de ...

Índice de queimadas em abril deste ano aumentou consideravelmente/Foto: Reprodução

Um último dado baseado nos estudos feitos pelos dois órgãos estaduais, divulgado pelo ContilNet, mostra que o índice de queimados urbanas, nos últimos 26 dias de abril de 2020, aumentou 70% em comparação ao mesmo período do ano passado.

Em entrevista à nossa reportagem, o imunologista e médico do Acre, Guilherme Pulici, explicou que a situação piora em um momento muito crítico da saúde pública no estado.

“Com a chegada do “verão” amazônico, receberemos em breve a indesejável visita das queimadas que tanto nos aborrece todos os anos com os diversos problemas à saúde que lhe acompanham. E esse acontecimento vem num momento em que enfrentamos o maior desafio epidemiológico de nossas vidas: a Pandemia pelo Coronavírus”, comentou.

Pulici

Imunologista Guilherme Pulici em entrevista ao ContilNet/Foto: ContilNet

Pulici declarou ainda que “tradicionalmente as queimadas sobrecarregam um já esgotado sistema de saúde que promete entrar em colapso antes mesmo dos dois problemas se encontrarem: queimadas e Covid-19”.

A profissional atentou ainda para o perigo que esse fato causa para as pessoas que fazem parte do grupo de risco.

“Para os idosos e portadores de doenças crônicas, essa combinação pode ser catastrófica trazendo provocando ainda mais repercussão sobre o combalido sistema respiratório desses pacientes. Nos restará torcer para que os órgãos de controle ajam com rigor que prevê a lei, punindo de modo exemplar aqueles que ousarem desrespeitá-la, colocando a vida de terceiros em risco”, salientou.

Orientações e prevenção 

Quando questionado sobre os possíveis meios de prevenção, diante do cenário de aumento no índice de queimadas e pandemia do coronavírus, Pulici concluiu:

“Importante: alimentar-se bem, principalmente de alimentos ricos em nutrientes, hidratar-se bem, pois a desidratação resseca as mucosas e dificulta o trabalho do sistema imune, além adotar medidas caseiras que ajudam a melhorar a umidade do ar (toalhas úmidas dentro do quarto e umidificador)”.

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