Paralelamente aos desafios que os países vêm enfrentando para lidar com a pandemia global da Covid-19, outro problema também tem viralizado em escala mundial.
A “transmissão” ocorre pela internet, redes sociais e grupos de WhatsApp, causando desinformação e perigo: as fake news sobre a nova doença.
No Brasil, informações erradas amplamente compartilhadas distorcem a gravidade da doença, orientam equivocadamente sobre o uso de vacinas e medicamentos, indicam receitas ‘milagrosas`, levantam teorias conspiratórias, entre outras ideias equivocadas que podem levar a consequências tão graves quando a própria pandemia.
Uma maneira de garantir informações confiáveis é sempre buscar fontes com credibilidade reconhecida sobre o tema, como a Organização Mundial da Saúde (OMS), o Ministério da Saúde, a Fundação Oswaldo Cruz, entre outras, além de veículos sérios de imprensa e de checagem de notícia.
Importante lembrar também que é responsabilidade de cada um não repassar desinformação. Para esclarecer algumas dúvidas e conscientizar como se precaver também contra as fake news, confira algumas das principais questões levantadas sobre o assunto.
A Covid-19 é um novo tipo de gripe ou uma pneumonia?
O novo coronavírus (Covid-19) é uma doença causada pelo novo agente (Sars-Cov-2) da família coronavírus, causadora de infecções respiratórias. O motivo do nome é que a estrutura de proteína dele lembra uma coroa – corona em latim.
A gripe é provocada por outra família de vírus, a influenza (tipos A ou B). Ambas as enfermidades podem trazer complicações para o aparelho respiratório chegando à pneumonia.
Há sintomas comuns entre o resfriado, a gripe e a Covid-19, como dores no corpo, de garganta e de cabeça, por exemplo. Por isso, é importante entender que os principais indicativos da nova doença são: febre alta, tosse seca, cansaço e falta de ar.
Quem apresenta sintomas mais críticos como insuficiência respiratória deve procurar atendimento especializado imediato, como o oferecido pelas unidades da Rede D´Or São Luiz.
A Covid-19 também se diferencia pelo período de manifestação dos sintomas, que é de dois a 14 dias após contato com o vírus. Já a gripe surge repentinamente, com tempo de incubação menor do vírus, entre um e sete dias.
Tomar a vacina contra gripe protege contra a Covid-19
Falso. A vacina da gripe protege somente contra o vírus influenza.
Por se tratar de uma doença nova, não há vacina contra a Covid-19 até o momento.
No entanto, pesquisadores de todo o mundo reúnem forças para desenvolver imunização segura contra o patógeno, que posteriormente poderá ser comercializada e utilizada por todos.
Tomar antibióticos previne a contaminação pelo coronavírus
Falso. Antibióticos não agem contra vírus, apenas contra bactérias.
Portanto, não devem ser utilizados no tratamento contra o coronavírus.
Existem remédios que curam a Covid-19?
Não. Ainda não existe medicamento comprovadamente eficaz e especificamente voltado à cura da Covid-19.
Há pesquisas em desenvolvimento na busca por vacina e medicação que sejam capazes de prevenir e tratar a nova doença, no entanto, nenhuma está concluída.
Uísque e mel, vitamina D, chás e alguns óleos podem ser usados no tratamento.
Mito. Não há comprovação científica a respeito de remédios, alimentos ou receitas específicas capazes de tratar o novo coronavírus.
Há relatos falsos amplamente divulgados indicando soluções milagrosas para aumento da imunidade e contra a doença com produtos como uísque, mel, chá de erva-doce, óleos e vitaminas.
De acordo com o Ministério da Saúde, nenhum deles pode ser considerado substituto ao tratamento médico tradicional adotado atualmente contra a Covid-19, nem mesmo há confirmação de que tenham prevenido pessoas contra a enfermidade.
Produtos comprados nos epicentros da pandemia e recebidos pelo correio podem transmitir a doença.
Falso. No início da pandemia, houve vários boatos de que objetos oriundos da China poderiam estar contaminados com a Covid-19 e que os destinatários das encomendas correriam risco de contrair o vírus têm circulado no país.
No entanto, sabe-se que o agente da doença não resiste por muitos dias fora de organismos vivos como cartas ou pacotes e não sobreviveria à viagem da China até o Brasil.
Todo mundo que desembarcar de locais com grande número de casos precisa fazer quarentena.
Verdade. Todas as pessoas que chegarem de viagem internacional devem ficar em isolamento social em casa durante sete dias, após o desembarque, mesmo que inicialmente estejam assintomáticos da Covid-19.
Caso apresentem sintomas críticos da doença devem procurar unidade de saúde.
Brasileiro que desembarcar em outros países tem que ir para quarentena.
Assim como há bloqueios para a entrada de estrangeiros de várias nacionalidades no Brasil, é necessário que os brasileiros verifiquem e sigam o que cada país está determinando para o trânsito internacional de turistas.
Em tempo, vale reforçar as recomendações gerais contra a doença que valem para todos:
- praticar o isolamento social, se possível, evitando aglomerações, ao máximo;
- redobrar a higiene lavando as mãos frequentemente com água e sabão ou desinfetando com álcool gel 70%;
- evitar tocar olhos, boca e nariz.