O anúncio de Serginho da sua aposentadoria do vôlei, neste fim de semana, rendeu a ele uma série de homenagens, agradecimentos e reconhecimento da importância do agora ex-jogador para a modalidade, sendo visto como o maior libero da história do Brasil.
Serginho construiu a sua trajetória de duas décadas na seleção brasileira tendo o técnico Bernardinho como grande parceiro. Ele era um dos jogadores de confiança do treinador, que prestou sua homenagem ao jogador que dirigiu na conquista de duas medalhas de ouro olímpicas.
“A história de Serginho, o rapaz de Pirituba, que usou o esporte, o voleibol, como ferramenta de transformação de vida. A prova real de que é possível. Havendo oportunidades, com disciplina e muita determinação, é possível. Se transformou em um líder, inspirador, que pelo exemplo diário, guiava seus companheiros. E que com sua energia e fé inabalável não os deixou desistir. Líbero de função, símbolo maior do valor do time Um currículo único de títulos, 4 medalhas olímpicas, 2 ouros em Mundiais, 2 ouros em Copas do Mundo, 7 ouros em Ligas Mundiais, 1 ouro Pan-americano. Mas o troféu maior: ouro na vida! Filho, pai e amigo de ouro! Símbolo da força e do verdadeiro valor do esporte, transmissor de valores. Orgulho e gratidão. Do seu ‘patrão'”, escreveu o técnico em seu perfil no Instagram.
O levantador Bruninho também exaltou o ex-colega de seleção, o classificando como o maior nome da história do vôlei. “Você está se despedindo das quadras, mas o teu legado é o que você deixa para o mundo. É algo muito grande e bonito. Obrigado por ter me guiado sempre e me feito crescer como pessoa e jogador. Eu te amo demais meu irmão. Obrigado ao maior jogador de vôlei da história! Deus te abençoe nesse novo ciclo”, publicou.
Lucarelli, campeão na Olimpíada do Rio ao lado de Serginho, exibiu sua admiração pelo colega, revelando que o libero é o seu maior ídolo do esporte. “Sérgio, Sérgio. Você sabe, minha família sabe, o mundo sabe, você é meu maior ídolo! Sendo simplesmente você, nos ensina a correr atrás dos nossos sonhos e lutar por eles, nos ensina que extrema competência e simplicidade podem andar lado a lado! Poucas pessoas sabem, mas em muitos momentos em 2016, pós lesão, foi você que me fez acreditar que seria possível, em momentos que até eu duvidava! Obrigado por tudo, pelos conselhos, pela honra de jogar ao teu lado, você é o maior da história! Te amo, irmão”, disse.
A ex-jogadora Fabi, que atuava na mesma posição de Serginho, foi mais uma figura de peso do vôlei a definir Serginho como maior nome da história da modalidade. “Você me emociona desde a primeira vez que te vi jogar! Você me emociona em cada lance, cada defesa, cada passe magistral! Você me emociona com sua garra, seu amor por tudo que faz. Você me emociona e inspira em cada olhar para um companheiro ou pra bola, que também parecia ter uma relação diferente com o Serginho. Você me emociona quando diz que é só mais um, fazendo o que ama. Você me emociona com sua simplicidade e simpatia. Obrigada por me emocionar todo esse tempo”, postou.
“Você é história, você é histórico, você é o maior que vi jogar. Um dia, vou poder dizer pra minha filha, conheci o cara bem de pertinho, vi ele treinar, jogar. Nos tornamos amigos! E pude estar presente, na sua última conquista olímpica! E para variar, você me emocionou demais naquele dia! Obrigada, te amo, da sua fã, Fabi”, concluiu Fabi.
A oposta Natália reforçou as homenagens a Serginho. “Escada, hoje você se despede das quadras, mas seu legado e todos seus ensinamentos ficarão para sempre! Obrigada por ter sido exemplo, não só dentro das quatro linhas, mas um exemplo de vida! Sou grata por ter te visto jogar de perto! Parabéns por todas suas conquistas e pelo ser humano incrível que você é!! Que história, meu querido, que história! O voleibol, o esporte e todos nós sentiremos saudades de te ver em quadra! Todo sucesso do mundo nesse novo ciclo. Obrigada, Escada!, escreveu.
Serginho, de 44 anos, deixa o esporte tendo no currículo quatro medalhas olímpicas, sendo duas de ouro, conquistadas em 2004 e 2016, e duas pratas, em 2008 e 2012. E também foi campeão mundial em 2002 e 2006. Na última temporada, vinha defendendo o Vôlei Ribeirão (SP). Seu último jogo foi em 7 de março, a vitória por 3 sets a 2 sobre o Minas, em Belo Horizonte, pela Superliga Masculina, que foi encerrada precocemente e sem um campeão por causa do surto de coronavírus.