O militar acreano Fabílio Gurgel procurou a reportagem do ContilNet nesta sexta-feira (26) para fazer uma denúncia contra a empresa Multimarcas Consórcios, com filial no Acre. De acordo com ele, a rede o enganou quando prometeu carência de 3 meses para o início do pagamento de um consórcio no valor de R$ 120 mil para imóvel em Rio Branco e não cumpriu, fazendo a cobrança já no primeiro mês após a entrada ofertada.
Fabílio disse que procurou a Multimarcas após ser informado da oferta e, ao contatar uma das atendentes, foi informado que seria possível dar a ele 3 meses de carência após a entrada com o valor de R$ 12 mil, para começar a pagar as parcelas.
“Depois de conversar com ela pelo WhatsApp, que me garantiu que a chefe havia conseguido para mim 3 meses de carência, fui até à sede. Chegando lá, peguei o contrato e quando li vi que não constava lá o que havia sido prometido por ela. Ao questionar, ela me disse que acrescentaria o acordo no contrato depois de cinco dias. Confiei e assinei, depois. Só que um tempo depois o boleto chegou na minha casa para pagar a primeira parcela”, explicou.
Gurgel disse que ligou por várias vezes para o telefone da representante e não foi atendido. Após inúmeras tentativas, finalmente ele decidiu ligar para a gerência nacional da empresa, que disse que a proposta seria impossível.
“Eu me senti muito enganado naquela hora. Eu assinei um contrato e confiei que eles acrescentariam depois o acordo, o que foi me dito por áudio, pela atendente. Não fizeram isso. Quando ouvi isso da representante nacional, imediatamente fui até à sede aqui em Rio Branco e expliquei a situação ao gerente”, continuou.
O militar explicou que foi informado pelo representante que a atendente seria demitida, já que aquela proposta não poderia ter sido oferecida. Ao saber disso, ele consultou um advogado, que foi até o local e pediu explicações da empresa.
“O representante me pediu para não cancelar o contrato e me ofereceu os três meses, mas como eu já estava esgotado daquilo, não quis. Antes não era possível e depois tudo muda?”, questionou.
“Quis encerrar o contrato e pedi o meu dinheiro de volta, mas eles disseram que meu pedido precisava passar por um conselho e que eu precisava esperar. Agora, o processo está correndo na justiça, e eu quero meu dinheiro de volta”, finalizou.
Fabílio disse que outros amigos também teriam sido lesados, mas não recorreram à Justiça porque não tinham como provar – o que não aconteceu com ele, que tem todas os áudios enviados com a proposta arquivados.